Quinta-feira, 18 de Março de 2010

Santo Graal – Jesus, Maria Magdalena e Da Vinci - Parte III

Vale lembrar que, mesmo nos textos bíblicos, escritos por homens, a importância de Maria Madalena é inegável. “Não é exagero dizer que, nos Evangelhos, o nome dela lidera a lista de mulheres discípulas da mesma maneira que o nome de Simão Pedro encabeça a lista de discípulos masculinos”.

Depois de séculos podemos afirmar que, promíscua como a “contraditória Igreja” relatava, Maria Madalena não era. Agora a história mudou mais uma vez, pois não vemos mais, Madalena como uma prostituta arrependida e sim como uma companheira de Jesus, como citado no Evangelho de Felipe, "Koinonos" em grego, que significa "Companheira" e muitas vezes "parceira". Madalena era a Companheira de Jesus.

Mas que outro papel tão importante, Maria Madalena (Magdalena) desempenhou na vida de Jesus?

No século XII, Iacopo de Varazze, em seu Legenda Áurea, diz que Maria Madalena era oriunda de uma família rica de Betânia, que morava em um Castelo chamado Magdala. Depois da morte dos pais, Marta sua írmã teria herdado a vila de Betânia e ela o Castelo, daí o seu nome.

Curiosamente, cartas patentes de Luiz XI de 1482 referem-se a uma visita do Rei Merovíngio Clóvis ao túmulo de Marta írmã de Magdalena no fim do século V, os restos mortais de Marta estão enterrados em Tarascon, na província francesa de Vienne. Os restos mortais de Magdalena estão na Abadia de São Máximo.

Alguns historiadores e estudiosos especializados no assunto, afirmam que, ela não só foi uma das apóstolas mais importantes, mas como também foi casada com Jesus.

Cidade de Migdal ou Magdala
No Evangelho de Lucas, existe uma referência à Maria de Magdala, a cidade dela, essa cidade foi curada de Sete demônios como o Padre Richard explica acima.

Cidade de Migdal ou Magdala, hoje em ruínas...

A maioria dos historiadores acredita que Maria Madalena era da cidade de Migdal ou Magdala (Midjel), hoje em ruínas. Em Migdal existiu uma Igreja em homenagem a ela, atualmente o lugar é desolado, de acordo com arqueólogos que participaram das escavações na cidade, confirma-se que esta era um grande centro comercial e tinha como atividade principal, a pescaria. Os escritos de Josefus e outros da mesma época validam os estudos referente a cidade de Migdal. Segundo especialistas no assunto, Madalena era não só uma apóstola preferida de Jesus como também uma Mulher Importante naquela época.

No Gnosticismo, Maria Madalena é detentora de suprema importância, como portadora e transmissora da Luz.

Mesmo fora dos Evangelhos Gnósticos, há provas de que nos primeiros séculos depois de Jesus, Maria Madalena (ou Maria de Magdala) era tratada com grande respeito por muitos dos primeiros líderes masculinos da Igreja, Hipólito, bispo de Roma (170-235 D.C) um dos primeiros padres cristãos afirma que ela é o apóstolo para os apóstolos, outro declara que ela é a Torre de Fé (migdol ou magdal significa "torre" em hebraico)

A partir do século IV o celibato passa a ser cada vez mais exigido, sendo cobrado do clero total abstinência de suas esposas, as mulheres foram proibidas de servirem aos sacerdotes e de possuírem igrejas (paróquias). No século V foi decretado pelo Concilio de Cartago que todo o alto clero deveria se separar de suas esposas sob a ameaça (pena) de perder seus direitos sacerdotais. Uma loucura total, uma atitude sem nenhum discernimento, um desatino. O papel edificante da Mulher perde seu significado, dando lugar a adulterações, a mulher passa então a ser a portadora do pecado. Mas mesmo antes dessa época o poder matriarcal já estava se extinguindo.

Porém a Igreja Oriental discordava, diversos escritores orientais aclamaram o papel de Maria Madalena, a respeitando como uma mulher honrada.

Em 444, Cirilo de Alexandria dizia que através de Maria Madalena, as mulheres eram duplamente honorificadas. Em 446, Proclus patriarca de Constantinopla afirmava que as mulheres eram as escolhidas para avisar os apóstolos e para serem reverenciadas. Gregório de Antióquia chama as mulheres de as "Primeiras Apóstolas" em 593.


O fato é que ela, Madalena, foi vítima de uma disputa de Poder sobre o papel da mulher na Igreja, e é substituída por Maria, a mãe de Jesus! Bispos diziam-se furiosos com o fato de grupos permitirem que mulheres realizassem comunhões e curas por exemplo. De acordo com a Historiadora e Teóloga Pagals, o que vemos por volta do ano 150 ou 200 é a exclusão sistemática das mulheres de qualquer posição em que tivessem voz ativa, visibilidade e autoridade.

Essa marginalização das mulheres pode ter sido o motivo de Maria Madalena ter perdido a importância ao longo dos anos.

É provável que tenha sido intencional acusá-la de prostituta, dessa forma Maria Madalena perderia seu poder e força na época; estigmatizando Madalena com uma visão negativa.


Esse assunto não é fácil, envolve diversos fatores e se houver provas concretas irá provocar uma revolução na doutrina cristã.

Morte da Virgem por Caravaggio - 1605-06

“Na Igreja predomina o conceito, de uma visão de santidade da qual o sexo é excluído”. Maria mãe de Jesus foi sempre virgem e uma idealização – sinal de separação entre o carnal e o espiritual, paro para refletir e lembro sempre de uma frase (não desmerecendo de forma alguma Maria mãe de Jesus) da famosa escritora Marion Zimmer Bradley: “O que sabe uma Virgem, das mágoas e labutas da vida?”.

Os anos vão se passando e as histórias se desvendando, até que possamos chegar próximos da mais provável verdade, baseando-se na lógica. O próprio Pôncio Pilatos questiona a “Verdade”. O que é Verdade? - Até ontem era verdade que Maria Madalena era uma prostituta, hoje não é mais!

As duas únicas opções para a mulher na igreja sempre foram “a mãe exemplar” e o “papel celibatário” que significa, segundo o dicionário Houaiss:

• adjetivo e substantivo masculino - celibatário
1 que ou aquele que ainda não se casou, apesar de haver ultrapassado a meia-idade, que não faz tenção de se casar, ou a quem o casamento está interdito.
• adjetivo
2 Derivação: sentido figurado.
Sem proveito; estéril, inútil.


Ascensão da Virgem por Juan Martín Cabezalero - 1650

A religião católica criou uma cisão entre espírito e sexo. “Nessa concepção, as pessoas elevadas de espírito abdicam da vida sexual para servir a Deus”.

“E nesse caso, Maria Madalena incomoda porque mostra a possibilidade de compatibilizar a vida sexual com a espiritual”. Isso seria de grande descrédito para a Igreja católica.

Antes de o cristianismo predominar, a mulher possuía um papel primordial na civilização e o sexo era tido como sagrado, antigos conceitos que foram a qualquer custo, apagados pela Igreja. Mas por que?

Qual seria o interesse da Igreja em denegrir a mulher e colocar o sexo como algo profano?

A verdade é que, existe pouca informação sobre o que aconteceu no século I e os estudiosos, historiadores, teólogos costumam dar às informações disponíveis, interpretações muito diferentes entre si. Segundo um documentário apresentado na Emissora de TV GNT, eles (jornalistas) pediram a Conferência de Bispos Católicos dos EUA, a posição da Igreja sobre o casamento de Jesus. A resposta foi que não há uma doutrina oficial, mas, para a Igreja, Ele não era casado, porque não está nos Evangelhos.

Relembrando, Evangelhos esses, escritos pelas mãos dos homens, considerado “Obra Divina” pela Igreja.

É verdade que a Bíblia não diz que Jesus era casado, mas também não diz que Ele era solteiro.

Alguns historiadores, teólogos, inclusive padres fizeram parte desse documentário colocando suas posições de acordo com a história, entre eles, Daryl Bock (Dallas Theological Institute) afirma que, “Tudo na tradição da Igreja sugere que Jesus era solteiro e não há indicações, quando Ele é crucificado, de que alguma testemunha da crucificação, além de sua mãe, tivesse algum parentesco com Ele”.

Sim, mas ainda assim existe pouquíssima probabilidade seguindo a lógica, pois a “Bíblia” conhecida hoje sofreu diversas alterações feitas por mãos humanas e não divinas.


Santa Maria Magdalena por Tiziano - 1530-35

Maria Madalena também era uma testemunha, e uma das principais, mas que na época não passava de uma prostituta arrependida, uma pecadora, somente hoje descobrimos o que ela realmente representava.

Mulher Pecadora? Mas que tipo de pecadora naquela época? Uma prostituta, como diz a tradição? Curiosamente, para os fariseus a palavra pecadora tinha significados diferentes: podia significar tanto uma mulher de costumes depravados, quanto uma mulher que não observava os preceitos farisaicos.

No Talmude, também é equiparada a uma pecadora a mulher que dava de comer ao seu marido, alimento sobre o qual não havia pago o dízimo.

Karen King

A historiadora Karen King (Harvard University) acha totalmente plausível pensar que Jesus pode ter sido casado.

Ela diz ainda que o casamento era uma prática normal entre os homens judeus, e que Jesus de acordo com suas pregações era um homem bastante inteligente, ele ensina, educa, e que naquela época era primordial que o homem judeu fosse casado para poder ensinar, esse era o exemplo de um homem de caráter responsável ("como" os políticos atuais entre aspas é claro) para ganhar a confiança do povo e que também era normal não mencionar que Ele tinha uma esposa.


Mas será que existe alguma prova na Bíblia, qualquer coisa que nos diga se Jesus era casado ou não?



O Padre Richard Mcbrian (Notre Dame University) responde a esta pergunta nesse documentário: Não. Nem que sim, nem que não. Nada. Não estou dizendo, portanto, que é impossível Ele ter se casado, Ele pode ter sido casado. (palavras de um Padre, vídeo gravado e documentado)

Segundo o padre, na opinião dele, isso não ameaçaria a natureza Divina de Jesus, a menos que você considere a intimidade sexual no casamento algo pecaminoso ou pervertido e diz ainda que Jesus pode ter sido casado e isso não O comprometeria de forma alguma e conclui citando que Ele ainda seria o filho de Deus e seria ao mesmo tempo Deus e Humano.

O Teólogo Daryl Bock diz que, Jesus fez várias coisas mundanas sem prejudicar sua natureza Divina, afirma ainda que a natureza Divina de Jesus não ficaria prejudicada se descobrissem que Ele foi casado.

Mas não há prova alguma.

O Doutor Bock não acredita que Jesus tenha sido casado, e o padre Richard Mcbrian acha improvável. Eles dão como prova a 1ª Carta de Paulo aos Coríntios. Mas Quem foi Paulo?

Apóstolo Paulo - Conversão de Paulo por Caravaggio - 1601

O jovem ainda chamado Saulo era um soldado arrogante perseguidor dos cristãos.
Um dia a caminho para outra cidade, foi derrubado do cavalo por uma poderosa luz, no mesmo instante ouviu Deus lhe perguntar: "Saulo, por que me persegue?". Saulo ficou cego durante dias e milagrosamente recuperou a vista com os cuidados da comunidade cristã. Converteu-se e adotou o nome do Paulo. Caravaggio nos conta esta história de uma maneira um pouco diferente, mais simples, por isso foi tremendamente criticado.

Na carta, Paulo cita vários seguidores de Jesus casados, mas não menciona o próprio Jesus. Essa carta teria sido escrita cerca de 20 a 25 anos depois da época de Jesus.

Segundo Daryl Bock, Paulo não teria motivo para ocultar tal fato, e acredita que não houve uma conspiração da Igreja para esconder a identidade de Jesus.


Hoje fica difícil, saber se não houve tal conspiração, mas que existiram outras diversas, existiram. Censuras, proibições, perseguições, assassinatos, inquisições, escândalos, articulações políticas, serviço secreto (Sodalitium Pianum), Opus Dei...E muito mais! Escreveríamos um livro aqui somente com as Conspirações da Igreja.

Margaret Starbird é graduada em História Européia e Literatura Comparada

Para Margaret Starbird (graduada em História Européia e Literatura Comparada, com mestrado em Artes, católica, é a autora de livros que guiaram Dan Brown – escritor de “O Código Da Vinci”) há provas na Bíblia de que Jesus era casado, segundo ela, basta procurar nos lugares certos.

De acordo com Margaret, no Evangelho de João, Maria Madalena está chorando no Jardim perto da tumba Dele quando é surpreendida por Jesus ressuscitado. Ela o chama, e Ele diz: “Não me Toques”. Porquê ainda está num estado entre a vida e a morte.

Noli Me Tangere por Michelangelo - 1531

Essa cena foi muito retratada por grandes pintores ocidentais sob o Título de “Noli Me Tangere”. (“Não me Toques”, em latim), mas as Versões mais Antigas dos Evangelhos, em grego, dizem algo um pouco diferente...

- O grego diz: “Não me Abraces”, que é um verbo muito mais íntimo. Maria Madalena quer abraçá-lo, e Ele diz: “Não me abraces”.

O grego era a língua falada pelo povo naquela área (e foi em grego que se desenrolou o julgamento de Jesus).

Segundo a historiadora, um abraço desse tipo era incomum, a menos que o homem e a mulher fossem casados, para a época em especial, era um tabu as mulheres tocarem homens que não fossem seus maridos.

Já, o Doutor Daryl Bock acredita que isso foi apenas um ato de pura devoção dela a Ele, sem se preocupar com o que as pessoas pensariam dela.

O que é pouco provável, ainda hoje a maioria das mulheres preocupam-se sim com sua reputação. Imagine há quase dois mil anos?



Alguns estudiosos concordam com a interpretação de Bock, outros não concordam.

Padre Richard Mcbrian

O padre Mcbrian diz que, não há nada de errado em ela querer abraçá-lo, mas que se alguém dissesse: Agora temos provas incontestáveis de que Jesus era casado; ele mesmo diria (o padre): Se era casado...Era casado com Maria Madalena, sua mulher seria ela!

Última Ceia - Os 12 Apóstolos de Jesus Cristo

Em Jerusalém na véspera de sua morte, Jesus juntou as 12 pessoas mais próximas a Ele para uma Última ceia.

Séculos depois, Leonardo da Vinci pintaria a Última Ceia como ninguém a havia pintado.

Momento em que, Cristo na véspera de sua crucificação, diz a seus amigos que Ele seria traído.

Mas algo passou despercebido por gerações. Teria Da Vinci escondido uma mensagem nessa pintura? Um segredo que seria guardado por séculos? Indícios de um relacionamento de Jesus com uma mulher que a "história da Igreja" estigmatizou como prostituta?

O escritor Dan Brown diz que a primeira vez que ele ouviu falar sobre Maria Madalena e Da Vinci tinha sido há 15 anos, quando um professor começou a aula mostrando um slide de a “Última Ceia”, uma obra que, segundo ele, julgava conhecer muito bem. Jesus Cristo com os 12 discípulos na véspera de sua crucificação, mas, com uma aparente ausência: o Cálice de Cristo. Segundo Dan Brown, uma omissão óbvia.

Existem diversas interpretações para o Cálice, que Cristo teria usado pela última vez. Há muito tempo considerado como o Santo Graal. Uma de suas interpretações, segundo estudiosos, a relíquia perdida teria sido levada de Jerusalém e escondida na Europa durante séculos.

Segundo Dan Brown e de acordo com a pintura de “A Última Ceia”, o cálice no qual os discípulos teriam bebido o vinho por alguma razão foi omitido por Leonardo da Vinci. Ainda de acordo com Brown, durante a aula, o professor questiona:

“Será que ele o omitiu? Talvez o Santo Graal esteja lá, sim”, e conclui: “Olhem à direita de Jesus. Lá está o Santo Graal, e seu nome é Maria Madalena”.


Leonardo da Vinci



Leonardo da Vinci viveu em Florença no séc. XV. Era uma cidade de gênios polêmicos: Botticelli, Rafael e Michelangelo.

Da Vinci era conhecido pela sutileza de seus desenhos e por suas idéias não convencionais.



Uma cidade de gênios polêmicos, Florença – Itália

Leonardo da Vinci era uma pessoa muito reservada, um intelectual muito dedicado e comprometido.

Afirmava que a natureza era a mais sábia professora que alguém poderia ter.


Homem Vitruviano - Leonardo da Vinci



Com grande conhecimento em Escola Aristotélica num de seus apontamentos, Da Vinci escreve: “Todo corpo sombreado preenche a área circundante com infinitas imagens suas (...) e embora haja intersecção, estas não se confundem entre si” (Ash II 6v). O mesmo ocorre com as imagens de vários objetos: “O ar está pleno de infinitas imagens das coisas (...) e todas estão representadas em todas e todas em cada uma...” (CA 38or).

A articulação ordenada e unitária de imagens diferentes fascina Da Vinci, trata-se, afinal, da contraparte óptica da unidade e bivalência do Homem Vitruviano, um pentagrama humano, com o corpo de um homem dentro de um círculo simbolizando o equilíbrio entre masculino e feminino.

Ao se difundirem pelo ar a regularidade geométrica prevista no conceito de pirâmide visual, as imagens relativas à dimensão e à forma de um objeto encontram-se com outras imagens análogas vindas de outras partes do mesmo objeto ou de outros objetos – e interceptam estas últimas sem perderem sua individualidade.


Pentagrama


Pitágoras considerava a figura geométrica como Emblema da Perfeição e da Suprema Sabedoria.


O Pentagrama (Pentalpha, Pentágono Estrelado) era o símbolo que representava os pitagóricos, devido às suas propriedades, pois ao desenharmos um pentagrama regular e traçarmos as suas diagonais, veremos que elas se cruzam e formam um novo pentágono interior ao anterior.

A intersecção de duas diagonais divide a diagonal de uma forma especial chamada pelos gregos de divisão em média e extrema razão e que conhecemos também como secção áurea.

Leonardo da Vinci morreu em Cloux, amparado pelo Rei Francisco I, tornaram-se grandes amigos...

Não se sabe muito sobre a vida de Da Vinci, porque pouco foi escrito sobre ele na época em que viveu.

O pouco que sabemos vem de anotações que ele começou a fazer aos 30 anos. São milhares de páginas com sua famosa escrita invertida sendo necessário um espelho para se conseguir ler.

Há plantas, observações, descrições e cálculos, incluindo engenhos de guerra que nunca desejou publicar ou divulgar porque temia a natureza maléfica dos homens, pois poderiam usar para matar os seres humanos.

Da Vinci era vegetariano e escreveu que “Não devíamos deixar o nosso corpo ser um túmulo para outros animais, uma estalagem para os mortos.”

Segundo Historiadores, esses cadernos não mencionam Maria Madalena. Mas eles nos mostram que Da Vinci tinha idéias estranhas para sua época. Ele acreditava que o homem conseguiria voar, cinco séculos antes de o avião ser inventado.

De acordo com Dan Brown, Da Vinci viveu o infeliz desafio de ser um homem de pensamento moderno que nasceu numa época de grande fervor religioso, uma época em que Ciência era sinônimo de Heresia.

“A cega ignorância é que nos engana.
Ó míseros mortais, abri os olhos! (Leonardo Da Vinci)”

Durante uma entrevista realizada com Dan Brown, a jornalista pergunta se Da Vinci era um homem que esconderia informações em suas obras; Brown responde: “Certamente, porque vivia numa época em que essas informações eram proibidas e consideradas heresias... Você não podia parar numa esquina e proclamar sua posição num assunto contrariando a Igreja”.

Dan Brown acredita que Da Vinci pôs em sua arte o que não pôs em seus cadernos, e que usou seu estilo sutil como ferramenta para transmitir suas crenças.

Essa era uma prática bastante comum e transmitida de maneira quase imperceptível, porquê não havia a liberdade de expressão e qualquer palavra pronunciada que não estivesse de acordo com os padrões da Igreja, o indivíduo corria o sério risco de ser preso, torturado e na maioria das vezes levado para a fogueira sob a acusação de heresia.

fonte:
http://www.misteriosantigos.com/parte3.htm

 

publicado por luzdecuraeamor às 21:48
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Segunda-feira, 15 de Março de 2010

Santo Graal – Jesus, Maria Magdalena e Da Vinci - Parte II

"Bíblia Sagrada" - Divinamente Inspirada

Um detalhe muito importante e que grande parte das pessoas ignora, ora por falta de acesso a informação (mais notável), ora por ausência de interesse é que, no processo de organização da Bíblia, muitas histórias se perderam, outras foram descartadas ou ganharam novos contornos de acordo com a mensagem que se pretendia passar.

Os textos passaram por um longo processo de edição até chegar ao formato atual, coube a elite letrada, os reis, os sacerdotes, os escribas e os profetas a tarefa de escrever as narrativas.

A escolha final dos livros da Bíblia – considerados sagrados e divinamente inspirados – ocorreu em 393 no Concílio regional de Hipona, na África do Norte e, é lógico depois de uma batalha doutrinária dentro da Igreja, brigas de grupos e de ideologias, os textos que saíram vencedores foram promulgados oficialmente em 1546 no Primeiro Período (1545-1548), no Concílio de Trento (formado por três períodos).

Concílio de Trento - 1545-1563

Os livros que não pertenciam ao cânon (a lista dos escolhidos) ganharam a alcunha de apócrifos (que, em grego, significa “reservado, escondido”) e muitos foram para a fogueira por terem sido considerados heréticos.

Curiosamente foi no Concílio de Trento (1545-1563) que, se instituiu oficialmente o Índice de Livros Proibidos (1559) – Index Librorum Prohibitorum – liderado pelo Papa Paulo IV, a propósito esse foi seu último ano (1559) de Pontífice; e o que é notável é que obras de cientistas, filósofos, enciclopedistas e até pensadores tenham pertencido a esta lista.

Vale lembrar também que nesse mesmo Concílio foi reorganizada a Inquisição.

Voltando rapidamente ao nosso “Pontífice”, palavra essa aplicada ao Chefe Supremo da Igreja Católica (Imperador, Papa), tem um significado muito interessante: o Pontífice não é nada menos que, considerado como a Ponte entre o Povo e Deus, assim as pessoas se dirigiam a Roma para obterem a interseção divina, e no caminho é claro ao passarem a Ponte para a Divindade deviam pagar os pedágios, daí a palavra Pontífice que cobrava impostos para falar com Deus.

Ou seja: “Fora da Santa Igreja Romana não existe salvação”, famosa frase de São Cipriano confirmada no V Concílio de Latrão. Apesar de, o IV Concílio de Latrão ter hesitado nessa afirmação.

O Monoteísmo e a Postura Patriarcal eram idéias predominantes para a Igreja e continuam sendo até hoje, essa é a única visão que temos, uma visão patriarcal imutável, que se não for reformada, perderá os poucos fiéis que ainda existem ou subsistem:

Papa João Paulo II - Karol Woityla - 1978-2005

Karol Wojtyla (Papa João Paulo II – 1978-2005): "O ensinamento de que a ordenação sacerdotal é reservada só aos homens foi preservado pela constante e universal tradição da Igreja e firmemente ensinado pelo magistério.

Em virtude de meu ministério de confirmar irmãos e irmãs, eu declaro que a Igreja não tem autoridade alguma para conferir ordenação sacerdotal a mulheres e que este julgamento será acatado definitivamente por todos os fiéis da Igreja
."

Papa Bento XVI - Joseph Ratzinger

Joseph Ratzinger (atual Papa Bento XVI - 2005): Tido como ultraconservador, Ratzinger é contrário à ordenação de mulheres e defende ardorosamente a necessidade de moralidade sexual.

Para ele, “a única forma clinicamente segura de prevenir a Aids é se comportar de acordo com a lei de Deus".

No dia 16 de Março desse ano (2005), o Cardeal Tarcísio Bertone, arcebispo de Génova e um dos mais conhecidos Guardiães da "Pureza da Fé Católica" apelou na Rádio do Vaticano para que não comprassem ou lessem o Livro "O Código Da Vinci" (a carapuça surtiu efeito), pois o vaticano o acusa de "erros e distorções".

Foi a este homem que a Santa Sé entregou a "cruzada" contra o livro do escritor norte-americano, acusado de montar um "castelo de mentiras" e de obedecer a uma "intenção deliberada de desacreditar a Igreja Católica ..." ("Diário de Notícias")

Procuramos de certa forma agir quase sempre de modo imparcial, mas por favor, depois de quase DOIS mil anos de ERROS que já estamos saturados de saber; Será o livro do escritor Dan Brown culpado pela decadência da Santa Igreja?

Não estamos mais na época dos livros proibidos, podemos, temos o direito de ler, escrever o que bem entendermos; agora se esse tal livro fez tanto alarde assim, é porquê provavelmente existe algo nele mais próximo da verdade. Essa atitude do Vaticano de querer, tentar, proibir, consequentemente nos deixa mais curiosos. Não estamos mais na época da inquisição, na qual ler um livro era sinônimo de heresia e morríamos queimados. Ao menos, nosso pensamento é livre! Hoje!!!

Outro comentário é de D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas: "Tudo isto deve ser lido como um grande pedido de diálogo de uma sociedade que deve estar muito doente. Porque nela se recorre à ficção, a crendices e bruxarias que são verdadeiros negócios." ("Diário de Notícias")

Basílica de São Pedro construída com o dinheiro do Povo - Cidade do Vaticano


Gostaríamos realmente de saber, de que forma foram conseguidas as "contribuições" para a construção da Basílica de São Pedro. Mas vamos responder: através de Indulgências (é o perdão ao cristão dos castigos devidos a Deus pelos pecados cometidos na vida terrena)! Foi construída pelo povo que não tinha nem o que comer e que tiravam suas últimas moedas do bolso para pagar indulgências em troca da promessa da Igreja de salvá-lo do purgatório e enviá-lo para o Paraíso.

O dízimo era uma obrigação religiosa, bastava ter fundos o suficiente, caso não tivesse, o inferno era certo.

Será que esse não era também um VERDADEIRO NEGÓCIO como diz acima o D. Januário?? Há muito mais histórias, fatos, mas não vale a pena lançar todas!

Em Outubro de 1517, Martin Luther afixou na porta da Igreja de Wittemberg suas 95 Teses, essa é uma delas - A Tese 86

O próprio padre dominicano João Tetzel (Johannes Tietzel), Inquisidor da Polônia, da Saxônia, foi um verdadeiro vendedor de indulgências, numa época de fome e peste onde as pessoas não viam salvação em vida, apelavam inconscientemente para a salvação após a morte, e é claro o padre famosíssimo estava lá com suas indulgências "salvando" todos os necessitados que via nele uma luz no fim do túnel; indulgências essas autorizadas pelo Papa. Suas palavras escritas nas indulgências:

"Pela autoridade de todos os santos, e em misericórdia perante ti, eu absolvo-te de todos os pecados e crimes e dispenso-te de quaisquer castigos por 10 dias"

Passou a ser arcebispo de Bolonha em 2004 - Era um dos fortes candidatos ao Trono Papal

Haja dinheiro para pagar tanta indulgência, levando em conta que ela só era válida por 10 dias!

Há também os comentários (também recentes - BBC BRASIL.COM) que chocam, principalmente quando declarados por um arcebispo emérito da “Santa Igreja”, cardeal Giacomo Biffi: “Ordenar mulheres seria como servir pizza e Coca-Cola em vez de pão e vinho na Eucaristia". (Esse “senhor” foi um dos candidatos à sucessão do Papa).
Mas enfim...penso e não consigo compreender: Como são ou eram as mães desses senhores?

Mas acreditamos que esqueceram-se de um pequeno detalhe, no ano 1410 o
Antipapa João XXIII (favor não confundir com o João XXIII -1958 mais recente, não sabemos porque um papa posterior decide adotar o nome de um anterior tão imoral), “esse senhor” chegava a cobrar impostos das prostitutas incorporando-as no orçamento. (O Papa e o Concílio. Vol. II. pág. 35 - CACP).

Lembrando que o surgimento de Antipapas ocorre em períodos de turbulência na Igreja como foi o caso do Grande Cisma do Ocidente, refere-se a quem reclama o titulo de Papa de forma não canônica, geralmente em oposição a um Papa específico, ou durante algum período no qual o título estava vago. Antipapa não é necessariamente sinal de doutrina contrária à fé ensinada pela “Santa Igreja”.

Los Andrios por Tiziano - 1525

A mulher era realmente um comércio rendoso; hoje ainda servem para “alguma coisa”, devido a uma nova “Inspiração Divina” de 14 de Fevereiro de 1930, pela organização Opus Dei que vive à sombra da Igreja Católica Romana, as mulheres passaram a ter cabimento na “Obra de Deus” podendo participar até da santificação; é claro, quem vai limpar o chão por onde pisam os Divinos Sacerdotes da Opus Dei?

No Novo Testamento, tiveram preferência os textos que mostravam que Jesus morreu e ressuscitou no terceiro dia e reforçavam que Ele teria vindo confirmar as profecias do Antigo Testamento.

Apesar de serem resultado de ações humanas, as Sagradas Escrituras são consideradas, em sua essência, obra divina. “A Bíblia é um livro inspirado por Deus, porque é testemunho de fé, reflexo da experiência de ação divina na criação e na história”.

Qualquer escrito que colocasse em dúvida a divindade ou a fé de Jesus, não entraria na Bíblia, como aconteceu com os evangelhos de Tomé e Tiago, confirmados hereges por grupos que se auto-afirmavam intermediários da palavra de Deus onde a palavra "FÉ" era uma palavra desconhecida, grupos que a cada nova mudança de Imperador, mudavam também sua forma de pensar em relação a FÉ Cristã.
Era uma tremenda reviravolta Religiosa, como exemplo disso: Constâncio depois da morte do Pai (Constantino favorável a causa dos Nicenos) e dos ìrmãos, assumiu o poder e deu preferência pela causa Ariana; mas quando seu primo Juliano o substituiu houve uma nova reviravolta, instituiu o retorno do paganismo.
A questão da Fé era meramente uma disputa de Poder.

Para compreender um pouquinho as Causas dos Nicenos e Arianos, vamos explicar aqui rapidamente: a causa Ariana iniciou por um Padre chamado Ário, ele afirmava em suas pregações que Deus era indivisível e que não revelava sua essência e forma a ninguém. E Jesus não passava de um homem, uma criatura, um ser inferior a Deus como um receptáculo do Verbo Divino e que a divindade só poderia ser atribuída a um único Deus.

Imperador Constantino favorável a Causa dos Nicenos

Já os Nicenos (bispos convocados por Constantino para interpretar as escrituras) em oposição aos Arianos, afirmavam que o Filho tem a mesma substância Divina que o Pai, e não poderia ser dissociado Dele. E Jesus é a palavra que revela Deus aos homens,
ele estava com Deus e era Deus por meio de sua carne.

Só que nem todas AS PALAVRAS DE JESUS, nós tivemos acesso. As palavras de Jesus como citadas nos Evangelhos Proíbidos, Apócrifos. Por quê? Em meio a tantas contradições, conflitos, chegamos a conclusão de que ninguém sabia era nada! E o Poder Político suplantou.

Analisando historicamente, a Bíblia é uma seleção de escritos (que não estão nem ordenados cronologicamente) do grupo que conseguiu impor sua visão de Deus, uma elite que acreditava num Deus único e impôs sua religiosidade para o restante da população.

De que forma esse processo de seleção pode ser considerado divino e definitivo?
Como poderia um conclave formado por homens decidir infalivelmente que alguns escritos pertenciam a Bíblia e outros não, se não existe coerência nenhuma entre os Evangelhos??? Quanto mais se estudam os Evangelhos, mais claras se tornam as contradições entre eles.

Em relação a definição da personalidade de Jesus, no Evangelho de Lucas diz que "Jesus é um salvador humilde como um cordeiro"; no Evangelho de Mateus já diz que Jesus é um majestoso e poderoso soberano que veio "trazer a espada e não a paz".

Em relação a origem e seu nascimento, Mateus diz que Jesus era um aristocrata, se não um rei legítimo e de direito, descendente de Davi, via Salomão. Já em Marcos surge a lenda do pobre carpinteiro. Em Lucas embora Jesus fosse descendente da casa de Davi, era de uma classe menos elevada.

É só ler os Evangelhos e fazer uma comparação, não concordam entre si nem mesmo em relação à data da crucificação de Jesus. Tomamos como nossas, as palavras de Henry Lincoln: Qual evangelho estaria CORRETO? Qual estaria ERRADO? Ou AMBOS estão errados?

“O livro do Apocalipse”, deve ter sido colocado por último de forma intencional, servindo como ameaça para que ninguém resolvesse acrescentar mais nada à Bíblia. Com tantas mãos mexendo nos textos, não é de admirar que até os livros da biblioteca sagrada não sejam ordenados cronologicamente.

“Uma coisa é o que as pessoas que estavam escrevendo gostariam que fosse, Outra coisa é o que existiu na realidade”.

Vivemos eternamente sob uma Comunicação Parcial, uma comunicação incompleta; informação não-formativa; não-transformativa; MAS CONFORMATIVA!!! Essa é a Cultura de Massa.

Magdalena por Españoleto - 1645

É impressionante como algumas pessoas tem a capacidade de mudar o rumo da história, principalmente se for para seu próprio benefício e ainda fazer com que multidões apóiem essa idéia. De acordo com um documentário o Padre Richard Mcbrien cita que, acredita que Maria Madalena teria sido reconhecida como apóstola, possivelmente a mais importante, se fosse homem!

Segundo a Bíblia, quando Jesus ressurgiu dos mortos, de acordo com o Novo Testamento, em três lugares, ele apareceu primeiro para Madalena, ela não foi só uma testemunha. A Bíblia diz que Maria Madalena estava aos pés da cruz junto com a mãe de Jesus, enquanto a maioria dos homens que O seguiam se escondeu.

O Padre Mcbrien diz ainda que, ela não foi só a testemunha principal, à frente até de Pedro. Ela tinha todas as credenciais para ser uma apóstola.

Apóstolo João por Francisco de Zurbarán - 1638

O relato do encontro de Madalena com Jesus ressuscitado contado pelo Evangelho de João é interessante:

- Após dirigir-se ao sepulcro onde deveria estar o corpo de cristo e não encontrar nada, Maria desespera-se. Recusando-se a crer que o Mestre não estava ali, ela volta a olhar para dentro do local, mas vê apenas dois anjos vestidos de branco, a quem diz que está à procura do seu Senhor. Naquele momento, ela se depara com Jesus ali, em pé, mas não o reconhece.

Ele lhe pergunta por que chora. Pensando que fosse o jardineiro, Madalena lhe diz: “Se o senhor o levou embora, diga-me onde o colocou, e eu o pegarei”. Jesus, então, a chama: “Maria!” Ao dar-se conta de que era o próprio Cristo, ela exclama: “Raboni!” (que, em aramaico, significa “mestre”).

Em seguida, Jesus pede que ela conte aos outros que Ele estava de volta. “Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos”: ”Eu vi o Senhor!”, escreve João. ““


Pedro e Paulo por Rembrandt

Segundo o Teólogo Paulo Garcia em uma entrevista para uma revista, cita, que “Maria Madalena é aquela que orienta, que dá o discernimento, que mostra qual o caminho para os discípulos. Ela tem conhecimentos secretos sobre Jesus, mais do que os apóstolos homens”.

Em uma passagem do Evangelho de Maria Madalena, o próprio Simão Pedro admite isso: “Irmã, nós sabemos que o Mestre te amou diferentemente das outras mulheres. Diz-nos as palavras que Ele te disse, das quais tu te lembras e das quais nós não tivemos conhecimento”.

Porém o trecho seguinte, do mesmo Evangelho, revela o descrédito do apóstolo “Pedro: Será possível que o Mestre tenha conversado assim, com uma mulher, sobre segredos que nós mesmos ignoramos?” (...) Será que Ele a escolheu e a preferiu a nós?”“.

- Maria Madalena responde: “Meu irmão Pedro, que é que tu tens na cabeça? Crês que eu sozinha, na minha imaginação, inventei essa visão, ou que a propósito de nosso Mestre eu disse mentiras?.”

Apóstolo Paulo por Rembrandt

Mas, como se sabe, foi a versão de Pedro que entrou para a História. Numa sociedade patriarcal, os homens é que tinham credibilidade. “Eles se reuniram e formaram um grupo seguidor de Jesus, e Maria Madalena não tinha tanto poder para convocar e aglutinar pessoas”, afirma a teóloga Luiza Tomita.

Qualquer mulher que se torna líder acaba ganhando uma pecha sexual preconceituosa, Maria Madalena foi uma figura polêmica no cristianismo primitivo por sua atuação como discípula dileta de Jesus e a disputa páreo a páreo com o apóstolo Pedro.

Na época, as mulheres desempenhavam um papel de proeminência, fundavam, sustentavam e ensinavam as comunidades. (citado em Cartas do apóstolo Paulo)

Porém, ao longo dos anos o patriarcalismo dominante reprimiu a liderança feminina.

continua....

fonte:
http://www.misteriosantigos.com/parte2.htm
 
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Terça-feira, 9 de Março de 2010

A dieta de Jesus e de seus discípulos


R i o d e J a n e i r o , 2 0 0 6
Don Colbert, médico - A dieta de Jesus e de seus discípulos
Título original: What would Jesus eat?
Copyright © 2006 by Don Colbert
Edição original por Thomas Nelson, Inc. Todos os direitos reservados.
Copyright da tradução © Thomas Nelson Brasil, 2006.

1. Nutrição - Aspectos religiosos - Cristianismo. 2. Hábitos
alimentares. 3. Dieta de emagrecimento. 4. Hábitos de saúde. I. Título.
06-3838. CDD 241.689
CDU 241.72
Todos os direitos reservados à Thomas Nelson Brasil
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Rio de Janeiro – RJ – CEP 21402-325
Tel.: (21) 3882-8200 Fax: (21) 3882-8212 / 3882-8313
www.thomasnelson.com.br
Este livro é dedicado a meu pai, Don Colbert Senior,pelo amor e disciplina que me transmitiu. Ele também foi fundamental para que eu me encaminhasse a uma relação pessoal com Jesus.

S u m á r i o
Introdução: Qual era a dieta de Jesus? 9
1. Investigue sempre o que você come 17
2. O alimento que Jesus comia com mais freqüência 35
3. Um item básico na dieta de Jesus 53
4. As carnes que Jesus comia 67
5. Outras formas de proteína que Jesus comia 91
6. Os vegetais que Jesus comia 101
7. As gorduras que Jesus comia 131
8. O que Jesus bebia 143
9. O que Jesus comia na sobremesa? 169
10. Jesus fazia exercícios? 191
11. Usando a dieta de Jesus para emagrecer 207
12. O estilo mediterrâneo de saúde 221
13. Um plano de alimentação diária e um
cardápio para a semana 235
Notas 249
Bibliografia 257

Que Jesus faria?
Essa pergunta tem sido formulada muitas e muitas vezes nos últimos anos. Costumo lê-la em vários lugares, desde adesivos de automóveis até pulseiras.
A maioria dos cristãos que conheço quer verdadeiramente saber o que Jesus faria em cada momento, e quer verdadeiramente seguir o seu exemplo em qualquer situação de vida.

Certamente desejamos amar e honrar nosso Pai celestial assim como fez Jesus. Queremos obedecer aos Dez Mandamentos como ele obedeceu.
Queremos aprender a amar como Cristo amou e a ajudar as pessoas tanto no sentido espiritual quanto no sentido material.

Queremos seguir os ensinamentos de Jesus no que se refere ao uso do nosso tempo, dos nossos talentos e dos nossos recursos financeiros.

I n t r o d u ç ã o
Qual era a dieta de Jesus?

A dieta de Jesus e de seus discípulos
Mas também queremos comer como Jesus comia?
Por que não? Nós procuramos seguir Jesus em todas as esferas de nossa vida. Então, por que não em nossos hábitos alimentares?

Jesus cuidava da saúde das pessoas. Certamente seus muitos milagres de cura testemunham esse fato. Ele desejava que as pessoas fossem íntegras, e isso incluía o aspecto físico, assim como o mental e o espiritual.
Mas será que Jesus ensinou alguma coisa sobre nutrição ou sobre como devemos comer?
Minha opinião é que ele ensinou, não necessariamente através do que disse, mas através do que fez. Há centenas de exemplos na Bíblia de práticas relacionadas à alimentação saudável.

Jesus incorporou-as plenamente ao seu estilo de vida.
Mesmo leitores casuais da Bíblia sabem de muitas histórias que se referem a alimentos ou em que os alimentos têm um papel de destaque. Jesus ensinou princípios espirituais fundamentais usando uma variedade de analogias com o que comemos.
Ele também participava de festas bíblicas e refeições comemorativas. Na Última Ceia, instituiu um ritual em que os alimentos são a mais sagrada recordação da sua morte.

A medicina e a ciência confirmam isso. Se comermos como Jesus comia, seremos mais saudáveis. Ele é nosso exemplo com relação a bons hábitos alimentares e disciplina, para que vivamos uma vida mais sadia e equilibrada.
“Mas”, talvez você diga, “os tempos mudaram desde que Jesus viveu neste mundo há dois mil anos. A tecnologia progrediu. Temos muitos alimentos novos que Jesus desconhecia. Nossos padrões alimentares são muito diferentes hoje.”

Sim... e não. Os tempos mudaram e nossos padrões alimentares são diferentes, mas isso não é necessariamente positivo!
Hoje em dia, comemos gordura demais. Bife na manteiga, ovo frito, batatas fritas, cebola e outros vegetais fritos. Acrescente-se a isso biscoitos com alto teor de gordura cobertos com manteiga, e purê de batatas preparado com leite gordo.

Quando pensamos em uma refeição completa, o que nos em à mente? Em geral, na nossa cabeça, uma boa refeição é aquela que inclui sobremesa. Muita gente acha que uma refeição não é adequada ou completa sem alguma coisa doce no final.

Nossa alimentação atual segue padrões muito diferentes dos de Jesus, fazendo-nos contemplar muito rápido o declínio de nossa saúde.
Em 1901, os Estados Unidos eram considerados a nação mais saudável do mundo, entre cem nações estudadas. Por volta de 1920, o país caiu para o segundo lugar. Em 1950, estava em terceiro. Chegando a 1970, estava em quadragésimo primeiro lugar. E, em 1981, desceu para o nonagésimo quinto!

Como pode uma nação descer do quadragésimo primeiro lugar na área da boa saúde para o nonagésimo quinto em apenas onze anos? E de primeiro para nonagésimo quinto em exatamente um século? A resposta pode ser resumida em duaspalavras: fast-food. A cultura americana do fast-food se expandiu por todo o mundo, chegando ao nosso país na década de 50 e
se consolidando definitivamente na década de 70.

Em 1999, quando a rede McDonald’s completava 20 anos de Brasil, o número de restaurantes havia aumentado dez vezes, 400 unidades em todas as regiões brasileiras, com 36 mil funcionários no total. De 2000 para 2002, o faturamento passou de R$1,46 bilhões para R$ 1,70 bilhões, e só em 2003 foram atendidos, em média, 1,5 milhões de clientes a cada dia. Isto, só com relação a essa cadeia de restaurantes. Infelizmente, verificamos que a saudável combinação bem brasileira de arroz e feijão tem sido cada vez mais substituída pelos hambúrgueres e batatas fritas.

O motivo pelo qual a popularidade da fast-food cresceu de modo tão impressionante é simples: nosso ritmo de vida a torna quase obrigatória. As pessoas acham que estão muito ocupadas para preparar refeições tradicionais e vêem a fast-food como uma alternativa para poupar tempo. Além disso, muitas vezes fica mais caro preparar uma refeição tradicional por pessoa do que comprar uma porção individual numa loja de fast-food.
Isto porque não mais costumamos preparar rotineiramente as refeições em casa, e assim acabamos desperdiçando grande parte dos alimentos que compramos na feira.

Em nossa cultura, os anúncios constantemente nos bombardeiam e com freqüência estimulam nosso desejo por fast-food. Incentivos são oferecidos às crianças sob a forma de brinquedos incluídos na refeição e de playgrounds do lado de fora do restaurante. Além disso, há sempre um restaurante de fast-food a menos de um quilômetro das nossas casas. O resultado final é que a nutrição saudável é sacrificada à facilidade, ao custo e à acessibilidade.

A fast-food é planejada para atrair quatro sentidos: visão, olfato, sabor e tato ou textura. Uma das maneiras mais simples de adicionar sabor e textura a um alimento é adicionar gordura.

Uma das maneiras básicas de adicionar sabor a um alimento é adicionar açúcar. Alimentos que têm um brilho por cima –– desde roscas até glacê de bolo –– contêm grande quantidade de gordura. Além de não terem praticamente qualquer valor nutritivo, as fast-foods costumam ter muito sal e poucas fibras. Comer uma dieta rica em sal, baixa em fibra, rica em
gordura e em açúcar e praticamente isenta de nutrientes não é seguir a dieta de Jesus.

Seríamos mais sadios se nossa dieta fosse mais primitiva – o tipo de dieta adotada por Jesus?
A medicina diz que sim.
Há um relato científico surpreendente de quase sete décadas atrás que ainda é válido. O Dr. Weston A. Price, dentista, estudou povos primitivos que viviam isolados da civilização ocidental, inclusive comunidades na Suíça e na Escócia em vilarejos e aldeias afastadas do centro da sociedade de suas nações.
Algumas das culturas que ele estudou consumiam dietas que incluíam peixe, frutos do mar e caça; outras culturas adotavam uma alimentação que incluía carne e laticínios produzidos a partir de animais domésticos. Algumas tinham dietas que incluíam frutas, cereais, legumes e vegetais; outros grupos quase não consumiam alimentos que precisavam ser plantados. Algumas culturas primitivas tinham o hábito de comer alimentos crus, enquanto outras consumiam basicamente alimentos cozidos.

As dietas de todas essas culturas, entretanto, tinham certas características em comum: nelas não havia alimentos refinados, desvitalizados, tais como açúcar branco ou farinha de trigo branca; não havia leite pasteurizado ou homogeneizado, alimentos em lata, óleo hidrogenado ou refinado. Todas essas dietas incluíam alguns produtos animais, e todas incluíam sal.

Esses grupos isolados preservavam seus alimentos usando sal,fermentação e métodos de secagem, processos que conservam em grande parte o valor nutritivo do alimento. Ao todo, o Dr. Price investigou cerca de dezessete culturas, entre elas a dos esquimós do Alasca, tribos africanas, aborígines
australianos, índios tradicionais americanos, povos das ilhas dos mares do Sul, habitantes de remotas aldeias suíças e de ilhas distantes da costa da Escócia.

Depois de analisar as dietas desses grupos isolados, o Dr. Price comparou-as com a dieta americana atual. Repare que ele realizou essa pesquisa nas décadas de 1930 e 1940, quando o valor nutricional da dieta americana era muito mais alto do que é hoje.

Eis o que o Dr. Price descobriu:
• todas as chamadas dietas primitivas continham uma quantidade de minerais e vitaminas hidrossolúveis pelo menos quatro vezes maior que a dieta americana;

• todas essas dietas continham uma quantidade de vitaminas
lipossolúveis pelo menos dez vezes maior que a dieta americana;

• nessas culturas isoladas, as pessoas praticamente não apresentavam
perda de dentes e tinham uma alta resistência a doenças. Em alguns casos, o Dr. Price teve oportunidade de estudar pessoas que pouco tempo antes tiveram acesso a alimentos processados, ocidentalizados. Ele descobriu que, quando a civilização ocidental alcançou essas áreas remotas e a dieta passou a incluir alimentos processados e açucarados, o número de cáries aumentou rapidamente. Não só a perda de dentes se acentuava, como as doenças em geral começaram a aumentar. Crianças nascidas de pais que haviam consumido alimentos processados tinham maior incidência de deformações de face e mandíbula. Um alto percentual de anomalias congênitas começou a ocorrer, e doenças agudas e crônicas foram registradas em números
crescentes. Quanto mais refinada era a comida, mas depressa declinava a saúde dessas pessoas.

O Dr. Price concluiu que a perda de dentes decorria principalmente de deficiências nutricionais e que as mesmas condições que provocavam a perda de dentes também causavam as doenças em geral. Ele se tornou então um forte defensor da mudança dos hábitos alimentares do povo americano, propondo o seguinte:
• que se escolhesse alimentos não manipulados, com seus nutrientes compactos;
• que se evitasse alimentos processados ou refinados;
• que se preferisse alimentos frescos, em seu estado natural.

Esses são os mesmos hábitos alimentares que formavam a base da dieta de Jesus!
A dieta apresentada neste livro aborda um plano alimentar que privilegia basicamente:
1. alimentos integrais;
2. alimentos frescos;
3. água pura e alimentos sem pesticidas, fungicidas ou qualquer
outro tipo de aditivos;
4. alimentos que não tenham sido misturados com açúcar
ou impregnados com gordura, sal, aditivos ou conservantes
químicos.

Este livro apresenta “o modo como Jesus comia”. Se você quer de fato seguir Jesus em todas as áreas de sua vida, não pode ignorar os hábitos alimentares adotados por ele. Esta é uma área em que você pode segui-lo diariamente e colher grandes recompensas. Seguir Jesus em sua dieta requer
um compromisso de mudança, o compromisso de sermos tudo aquilo para o que Deus nos criou e o compromisso de entregar nossos desejos aos ensinamentos de Deus. Em troca, Deus irá honrar essa decisão, dando-nos mais energia, melhor saúde e uma sensação maior de bem-estar.

Você quer seguir o exemplo de Jesus e comer como ele comia?
Então vire a página e vamos começar.
Talvez o passo mais importante para aprender a seguir o exemplo de Jesus e comer como ele comia possa ser resumido em duas perguntas.
Faça a si mesmo estas duas perguntas-chave a respeito de
tudo o que você comer hoje:

1. Por que devo comer isto?
2. Jesus comeria isto?


Se você fizer estas duas perguntas em relação a cada bocado de comida que introduz em seu organismo, e se as responder honestamente, será forçado a se defrontar com duas verdades fundamentais sobre seu modo de vida:

Verdade 1 – A maior parte daquilo que comemos resulta de escolhas mal fundamentadas, equivocadas e quase sempre inconscientes.

Verdade 2 – A maior parte do que comemos em um dia pode não ser o que Jesus comeria se estivesse em nosso lugar. Desafio você a examinar seriamente os motivos que o levam a comer o que come.

Nossa memória tende a trabalhar contra nós quando se trata de escolher nossa alimentação com sabedoria. As preferências de uma pessoa se formam de fato durante os primeiros quatro ou cinco anos de vida. Em outras palavras,o que papai e mamãe nos dão de comer quando somos criancinhas será provavelmente o que preferiremos pelo resto da nossa
vida. Em geral, gostamos que nossa comida tenha a cor, a textura, o cheiro e o sabor das comidas que comíamos na infância.

É possível que associemos subconscientemente aquelas comidas à alegria, a uma época despreocupada em que nos sentíamos seguros e tínhamos poucas inquietações.

Na idade adulta, as pessoas relembram o aroma ou o sabor do bolo, do sorvete, das barras de chocolate, pizzas, hambúrgueres, cachorros-quentes e outras coisas que comiam habitualmente quando crianças. E podem ser irresistivelmente atraídas para essas coisas quando o cheiro delas está no ar. Basta dar uma olhada nas comidas oferecidas nas feiras de produtores
e nas pessoas que enfrentam longas filas para comprá-las.

Comemos principalmente por uma questão de hábito. E muitos dos nossos hábitos relacionados à comida são maus hábitos.
Temos o mau hábito de comer alimentos altamente processados.

Nós dizemos que eles são “alimentos práticos”. Mas praticamente todos os “alimentos práticos” são altamente processados. Aproximadamente dez mil novos alimentos processados são introduzidos a cada ano nos Estados Unidos. Cerca de nove em cada dez desses novos produtos alimentícios fracassam – não porque são inferiores do ponto de vista nutritivo, mas
porque lhes faltou uma campanha publicitária bem-sucedida.
Em outras palavras, provavelmente comeríamos ainda mais alimentos
altamente processados se o que soubéssemos sobre eles nos despertasse a vontade de experimentá-los.

Como médico, tenho uma forte convicção de que a alimentação fast-food e sua dependência de alimentos processados são a principal razão da epidemia de doenças graves e difundidas que vemos hoje em nossa sociedade. Essas condições adversas para a saúde incluem a lista das “quinze mais”: obesidade,
doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, hipertensão, colesterol alto, distúrbios de atenção, refluxo gastroesofágico, doença da vesícula biliar, diverticulose, diverticulite, artrite, síndrome de fadiga crônica, fibromialgia e alergias. Quase todas as demais doenças degenerativas podem ser incluídas nessa lista. É difícil encontrar uma família que não tenha casos de uma ou mais dessas doenças. Também é difícil encontrar uma família que não
consuma uma quantidade significativa de fast-food ou um alto percentual de alimentos processados. Como médico não vejo isso como uma simples coincidência.

Os americanos provavelmente são o povo mais superalimentado do mundo, e também o mais subnutrido: os três alimentos mais consumidos nos EUA são pão branco, café e cachorro-quente. As estatísticas mostram que aproximadamente metade de todos os americanos que estão vivos hoje morrerá de doenças cardiovasculares e que cerca de uma terça parte deles
desenvolverá câncer em algum estágio de sua vida.


fonte:
www.thomasnelson.com.br/arquivos/livros/Capitulo_3_1.pdf

continua aqui:
http://portaldosanjos.ning.com/group/sadeebemestar/forum/topics/con...

publicado por luzdecuraeamor às 21:40
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Domingo, 7 de Março de 2010

Santo Graal – Jesus, Maria Magdalena e Da Vinci - Parte I

Quando pesquisamos um assunto polêmico como o Santo Graal, refletimos imediatamente sobre o lado místico da história, e é claro que esse é o lado que mais desperta nossa atenção, com suas batalhas, seus heróis, heroínas, que na maioria das vezes tomam atitudes que mudam completamente o rumo da história e ideologias de milhões de seres humanos. Mas chegamos a uma conclusão de que todo lado místico, todo esse mistério, contém uma base racional.

Concordamos com o escritor “J.M. Roberts” quando em seu livro “História do Mundo” ele descreve a História como sendo a palavra que tradicionalmente significa duas coisas diferentes: “o que aconteceu e um relato verdadeiro do que aconteceu. No segundo sentido é sempre uma seleção do passado. No entanto, nem mesmo a história do mundo inteiro é uma seleção de todo o passado. No primeiro sentido – o que aconteceu – significa o que aconteceu aos seres humanos, e o que foi feito por eles.”

Isso reduz bastante o passado com que temos de lidar, mas ainda assim deixa uma enorme tarefa a ser enfrentada. Também não fica muito claro por onde devemos começar. Teoricamente deveria ser pelo primeiro Ser Humano. Mas não sabemos quando nem onde ELE ou ELA surgiu. Embora possamos fazer suposições responsáveis dentro de limites razoavelmente amplos.

Portanto a pesquisa aqui apresentada, foi minuciosamente estudada de acordo com as muitas fontes que são consideradas racionais, fontes essas baseadas em investigações de grandes especialistas no assunto como Teólogos, Arqueólogos, Historiadores e outros envolvidos. Desde já gostaríamos de deixar claro que não existe de nossa parte, ou seja, do Site Mistérios Antigos nenhuma intenção de credos ou dogmas preestabelecidos. Por esse motivo, desejamos que se sintam à vontade para concordar ou não com os prováveis relatos a seguir.

Pintura - Maria Magdalena

Até os dias de hoje o que parte das pessoas tem em mente sobre Maria Madalena é que, ela era uma prostituta arrependida de seus pecados e salva por Jesus.

A Igreja por quase 2 mil anos estigmatizou Madalena como uma mulher promíscua, devassa. Somente no ano de 1969 é que, o Vaticano acabou corrigindo essa afirmação, ou seja, 1.378 anos mais tarde.

Dan Brown - O Código Da Vinci

Segundo Dan Brown, autor do livro “O Código Da Vinci” e outros historiadores renomados afirmam que, “em lugar nenhum, a Bíblia diz que Maria Madalena era prostituta, e que essa representação de promiscuidade imposta a ela está errada”.

Apóstolo Matheus por Españoleto - 1632

Na Bíblia, as imagens freqüentemente associadas a ela são a da pecadora que unge os pés de Jesus (Lucas 7, 36-38), a da mulher que derrama óleo perfumado sobre Sua cabeça (Mateus 26, 6-7) e a da esposa que está preste a ser apedrejada por adultério e é salva por Cristo (João 8, 3-12).

Porém, nenhuma delas é, de fato, Madalena.

Maria Magdalena aos pés da cruz de Jesus

A única passagem mais “desabonadora” – a expulsão de sete demônios – está no Evangelho de Marcos (16, 9).

Após uma leitura atenta das Escrituras, é possível constatar que ela aparece nos momentos mais nobres da vida de Jesus: aos pés da cruz e como testemunha primeira da ressurreição.

Papa Gregório I - Gregório Magno 590-604

Mas no ano de 591, o Papa Gregório I (Gregório Magno – ano 590-604), fez um sermão de Páscoa declarando que Maria Madalena, Maria de Betânia, a prostituta anônima, eram sim, a mesma pessoa.

Segundo o Teólogo Jeffrey Bingham – Dallas Theological Seminary, afirma que antes do século VI não foi encontrada nenhuma ligação clara entre Maria Madalena e uma prostituta ou entre Maria Madalena e uma pecadora, essa demarcação acontece com Gregório. E foi, lamentavelmente, uma circunstância infeliz.

Padre Richard Mcbrien

O Padre Richard Mcbrian da Notre Dame University diz que, essa crença é falsa e que não há fatos que provem essa antiga tradição de que Madalena era uma prostituta.
O fato de ter demônios não quer dizer que Maria Madalena fosse promíscua, ele diz também que demônios não eram monstros de ficção científica.

Eram basicamente doenças e que na época não havia tecnologia e sofisticação na Medicina, por isso, atribuíam as doenças aos demônios. Então expulsar os demônios dela significava curá-la. O Padre Richard diz ainda que Madalena é uma das grandes santas da história da Igreja e que entre os discípulos de Jesus, Maria Madalena era a mais próxima.

Mas por que essa perseguição destrutiva da Igreja em relação à imagem de Maria Madalena? Por que durante séculos a Igreja retratou, Maria Madalena como uma meretriz?

Se consultarmos a Bíblia cristã, fica claro que há grandes lacunas nas histórias sobre a vida de Jesus. A Igreja escolheu os quatro Evangelhos do Novo Testamento, mas havia outras histórias sobre Jesus, Evangelhos tão polêmicos que a Igreja mandou destruí-los.


Pergaminhos encontrados em Nag Hammadi

E assim o foram, com exceção de uma cópia, que ficou escondida no Egito até cerca de 50 anos atrás, os pergaminhos de Nag Hammadi, uma versão alternativa da época de Jesus e Maria Madalena.

A Igreja sempre fez um grande esforço para reunir e destruir esses documentos.

Nag Hammadi

Nag Hammadi é uma aldeia no Egito, conhecida como Chenoboskion na antiguidade, cerca de 225 km ao noroeste de Assuan, com aproximadamente 30.000 habitantes.
É uma região camponesa onde produtos como o açúcar e o alumínio são produzidos.

A cidade é conhecida por ter abrigado, até Dezembro de 1945, treze códices de papiro, com capa de pergaminho, descobertos por camponeses num recipiente fechado.


Entre as obras aí guardadas encontravam-se tratados gnósticos. Gnose, cuja origem etimológica é a palavra grega "gnosis", significando "conhecimento", designa um conhecimento profundo e superior do mundo e do homem, os gnósticos são libertadores, é a típica característica do livre pensador e Jesus de acordo com os relatos, rompia as normas impostas e atacava as autoridades religiosas, bastante anarquista (no bom sentido) e essa é uma característica clássica do antigo gnosticismo.

Platão por Españoleto - Pintura Estilo Barroco Espanhol

Gnosticismo designa o movimento histórico e religioso cristão que floresceu durante os séculos II e III, cujas bases filosóficas eram as da antiga Gnose, com influências do Neo-platonismo e dos Pitagóricos.

Também foram encontradas três obras pertencentes ao Corpus Hermeticum e uma tradução parcial da República de Platão.

Historiadores afirmam que os documentos foram escondidos por um monge num mosteiro local no século IV, a mesma época em que o bispo de Alexandria mandou destruí-los.


Os manuscritos têm nomes como “O Evangelho de Tomás”, “O Evangelho da Verdade”, “O Evangelho de Felipe” e um fragmento encontrado em outro lugar se chama “O Evangelho de Maria Madalena”, também conhecido como “Evangelhos Gnósticos”.

Parte destes manuscritos foi adquirida pela Fundação C.G. Jung, que continha como citamos o também famoso Evangelho de Tomás considerado pelos historiadores como o registro mais próximo das palavras de Jesus, o Vaticano o classificou como herege. Jesus disse:
“O Reino de Deus está em vós... E à sua volta...”.
Não em templos de madeira e pedra...”“.
“Parte um pedaço de madeira e ali estarei...”.
Ergue uma pedra e me encontrarás...”“.


Em 1952, o governo egípcio nacionalizou o restante da coleção Nag Hammadi. Somente em 1961, um grupo internacional de especialistas se reuniu para copiar e traduzir o material como um todo. Em 1972, apareceu o primeiro volume da edição fotográfica. E finalmente em 1977 a coleção inteira, pela primeira vez, apareceu em tradução inglesa.

Museu do Cairo - Coleção Nag Hammadi


Os pesquisadores modernos estabeleceram que alguns manuscritos, ou a maioria deles datam de no máximo 150 d.C. E pelo menos um pode incluir material ainda mais antigo do que os quatro Evangelhos do Novo Testamento que conhecemos.

Essa coleção constitui um repositório valioso de documentos cristãos iniciais, além do mais, alguns documentos podem ser considerados possuidores de uma veracidade própria, única.

Pois eles escaparam à censura e revisão da ortodoxia romana e foram originalmente escritos para uma audiência egípcia e não romana, e desta forma não são distorcidos ou adaptados aos ouvidos romanos.

Finalmente eles podem se basear em fontes de primeira mão e/ ou testemunha oculares.


Manuscritos - Nag Hammadi

Segundo Dan Brown, os historiadores imaginam que, se a Igreja fez um esforço tão grande para destruir essas informações, elas devem ser, no mínimo, explosivas.

Mas que informações eram essas que precisavam a qualquer custo ser apagadas, que precisavam ser ocultas?

A história continua ...


fonte:
http://www.misteriosantigos.com/jesus_mmada_davinci.htm
 

publicado por luzdecuraeamor às 22:27
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Segunda-feira, 1 de Março de 2010

História e Encarnações do MESTRE SANANDA*******Sua ENCARNAÇÃO COMO JESUS

MESTRE SANANDA…sua História, e Encarnações…uma delas como JESUS

Mestre Sananda é um dos Mestres que ganharam o seu aperfeiçoamento e as suas iniciações através de encarnações no Planeta Terra. Está entre os Seres humanos que têm sido escolhidos para substituir os Mestres Ascencionados em outros “Sistemas de Evolução Humana” que têm cumprido missões de serviço aqui na Terra para ajudar a Humanidade; e para substituir também, os Grandes Seres de Luz, nunca encarnados, que também cumprem sua missão neste sistema solar.

Mestre Sananda é já um dos dirigentes máximos do nosso sistema solar.
É um ser disciplinador, de vontade muito forte e controle de ferro. É hoje o Instrutor da Humanidade e continua trabalhando incansavelmente pelo despertar da consciência Crística.

ALTERA O PENSAMENTO DO OCIDENTE
Nesta época o seu trabalho é de grande responsabilidade porque está usando toda a sua força para controlar e modificar o pensamento dos humanos que habitam o Ocidente.
Ele está fazendo um esforço enorme para tirar a humanidade ocidental do actual estado de inquietude para o estado pacífico das certezas e do conhecimento para preparar o caminho para a vinda do Instrutor do Mundo.

ALGUMAS DAS ENCARNAÇÕES DE MESTRE SANANDA
No que se refere ás encarnações bíblicas, Mestre Sananda aparece primeiro como Joshua, o Filho de Nun e aparece posteriormente, na época de Esdras, como Joshua.
Como Joshua passa pela TERCEIRA INICIAÇÃO, como relatado no Livro de Zacarias.

DOIS DOS SEUS GRANDES SACRIFÍCIOS

Primeiro Grande Sacrifício
O seu primeiro grande sacrifico foi aquele em que CEDEU O SEU CORPO PARA SER USADO PELO CRISTO.

Nota: a palavra “Cristo” não é um nome, mas sim a denominação de um cargo, tal como a palavra Buda.

O Ser de Maravilhosa Luz que usa essa designação e que em missão DE AMOR veio á Terra, é o SENHOR MAITREYA.

O Mestre Sananda, nessa encarnação foi o MESTRE JESUS aqui na Terra e aos trinta anos de idade cedeu o seu corpo físico ao Senhor Maitreya para que este pudesse cumprir a missão Crística como estava superiormente determinada.
Pós-crucificação, o corpo do Mestre Jesus foi tirado do túmulo por alguns essénios que o levaram para a escola de mistérios, onde Jesus tinha aprendido os mistérios, e aí, seu corpo foi curado, podendo receber de volta a Centelha de vida do Mestre Jesus; que de seguida se afastou para longínquos lugares, sabendo-se que esteve na Índia durante bastante tempo.

Segundo Sacríficio
Este foi o da grande renúncia que é a característica da QUARTA INICIAÇÃO.


Mais tarde, como Apolónio de Tiana, passou pela QUINTA INICIAÇÃO e tornou-se um Mestre de Sabedoria.
Ele é, particularmente, o grande Líder, o General e o sábio executivo e, em assuntos da Igreja, Ele coopera intimamente com o Cristo Cósmico, (Senhor Maitreya), economizando-lhe muito tempo ao actuar como seu intermediário, onde quer que seja possível.


COMO MESTRE JESUS
Como homem encarnado, o Mestre e bem amado Jesus ofereceu-nos um espelho para a visão mais gloriosa de nós mesmos:- a de Filhos de Deus, capazes de amar incondicionalmente e de transcender todos os limites e ilusões da matéria, sobretudo da morte.

 "Aquilo que eu faço, também vós sois capazes de fazer, e outras coisas ainda maiores", disse ele, afirmando a nossa ilimitada potencialidade divina.

Ele sabia que teria poucos seguidores enquanto estivesse no mundo físico e também qual seria o desfecho de sua encarnação. Apesar de todos os revezes e oposições que sofreu, concluiu com absoluto êxito a missão de ancorar a energia Crística de amor e sabedoria no planeta.
Plantou sementes no coração dos homens, sementes que eclodiriam algum tempo depois, preparando-nos para a compreensão de verdades maiores que se revelariam conforme o desenvolvimento de cada um.

Os Evangelhos, como registro histórico de sua mensagem à humanidade, não traduzem a profundidade de seus ensinamentos. Muito do que Jesus ensinou não foi sequer captado pelos homens da época, e muito ainda foi distorcido nas sucessivas revisões dos escritos evangélicos com o passar dos séculos.
Mas isto não tem tanta importância, se considerarmos que nosso amado Mestre, continua sustentando o despertar da humanidade.

Actualmente, o Mestre Sananda exerce, ao lado do Mestre Kuthumi, o cargo de Instrutor do Mundo. Ele dirige, agora de maneira ainda mais abrangente, as questões relativas ao desenvolvimento da espiritualidade, da educação, da religião e da ética para a humanidade terrestre.
Seu templo etérico localiza-se sobre Jerusalém e sua música chave é Jesus Alegria dos Homens, de Bach.
Em Seu Sagrado Nome, podemos sempre solicitar a ajuda necessária para a ampliação da nossa consciência e o florescimento do amor incondicional em nosso coração.

QUE O SEU AMOR DIVINO SE DERRAME SOBRE TODA A HUMANIDADE
MariaHelena

publicado por luzdecuraeamor às 21:17
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O Santo Graal - o cálice usado por Jesus Cristo, no episódio da Última Ceia



O Santo Graal é um dos mais antigos e enigmáticos mitos da humanidade. Sob uma análise superficial, é o cálice usado por Jesus Cristo, no episódio da Última Ceia e que contém seu sangue, que havia sido recolhido no momento da crucificação.O termo Graal, no francês arcaico, significa bandeja. Por outro lado, pode ter origem latina, no vocábulo Gradalis, que significa cálice. Já o termo Sangraal seria uma variação etimológica de Sangue Real.A origem do mito pode ser analisada sob um ponto de vista pré-cristão. Sabe-se que entre os celtas, recipientes utilizados para armazenar alimentos, eram considerados objetos sagrados. Este conceito estende-se ao caldeirão mágico (representando o útero da Deusa) referencial de ritos pagãos, capaz de renovar e ressuscitar.Portanto, partindo do princípio que os celtas instalaram-se em diversas regiões da Europa, inclusive onde atualmente é o Reino Unido, e as primeiras citações históricas do Graal referem-se às lendas arthurianas, que, por sua vez, surgiram nesta região, é possível que o mito do Cálice Sagrado tenha apenas se transportado através dos séculos e sido adaptado ao Graal; desta vez, através de uma releitura cristã. Porém, mesmo entre os celtas, já havia uma lenda semelhante de um valoroso líder que saía em busca de um caldeirão sagrado.Numa narrativa mais fantasiosa, o próprio Cristo, quando esteve na Cornualha, recebeu de presente um cálice de um druida (sacerdote celta). Jesus atribuía um valor especial e este objeto. Após o episódio da crucificação, José de Arimatéia decidiu levar o objeto, já santificado pelo sangue de Jesus, de volta ao sacerdote celta. Este sacerdote celta seria Merlin, o poderoso mago das lendas da Távola Redonda.Há, pelo menos, duas versões para justificar a origem e o desenvolvimento histórico do mito. Numa primeira análise, a lenda conta que José de Arimatéia recolheu no cálice utilizado na Última Ceia, o sangue de Jesus, no momento em que este era crucificado, após o último golpe de lança aplicado pelo soldado romano conhecido por Longinus.José, que era membro do Sinédrio (tribunal judeu) e um homem de posses, solicitou ao imperador Poncio Pilatos o corpo de Cristo como uma "recompensa" por seus préstimos ao império. Pilatos atendeu ao pedido e José enterrou o corpo de Cristo em suas terras.Após este fato, José de Arimatéia, que secretamente era seguidor de Cristo, teria sido feito prisioneiro pelos judeus por ocasião do sumiço do corpo de Cristo. José ficou muito tempo como prisioneiro numa cela sem janelas, alimentando-se apenas de uma hóstia diária, entregue por uma pomba que se materializava. Certa vez, o próprio Cristo surgiu diante de José entregou-lhe o Graal com a missão de protegê-lo.Após conquistar a liberdade, utilizou-se de uma conhecida rota comercial e viajou para Inglaterra, levando consigo o Cálice Sagrado. Ao chegar, reuniu alguns discípulos de Cristo e fundou uma pequena Igreja, onde atualmente há as ruínas da Abadia de Glastonbury. Porém, não é possível afirmar onde o Graal teria sido ocultado a partir deste momento.


Numa segunda versão, Maria Madalena (que em interpretações não-canônicas, poderia ser esposa de Cristo), teria tomado posse do cálice e levado para a França, onde passou o resto da vida.Em ambas versões, após o Cálice Sagrado chegar em terras européias, seja através de Maria Madalena ou José de Arimatéia, segue diversas rotas entre os alguns países deste continente e confunde-se entre a história e a literatura medieval.




A continuidade mais conhecida sobre o destino do Graal, atesta que este teria ficado sob a tutela dos Templários. Assim, os Cavaleiros teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Sob outra narrativa, o Graal teria sido levado para a cidade de Constantinopla e em seguida para Troyes, onde no período da Revolução Francesa (a partir de 1789), teria desaparecido misteriosamente.

Uma outra versão atesta que os cátaros, um grupo cristão que vivia isolado na fortaleza de Montsegur e pregava uma fé simples, oposta às imposições clericais, ocultavam uma relíquia religiosa de valor muito alto. Mas, em meados do século XIII, os cátaros foram vítimas de uma invasão de cruzados ordenada pelo Papa. Mais de duzentos membros da doutrina foram queimados sob a acusação de heresia e a misteriosa relíquia desapareceu durante a investida dos soldados. Mas não há nenhuma evidência confiável indicando que fosse o Graal.
Neste mesmo período, surgem boatos de que os cruzados que regressavam de Jerusalém traziam consigo uma âmbula contendo o sangue de Cristo; contradizendo e confundindo ainda mais a rota histórica do Santo Graal.Entretanto, através de estudos arqueológicos e investigações profundas, tomando como base também os primeiros registros literários, foi possível traçar uma linha mais próxima da realidade sobre a trajetória do Graal na Europa e na história.Inicialmente, nos primeiros três séculos após chegar em solo europeu, o cálice teria ficado na Itália.

Por volta do século III, o monge São Lourenço o levou para a região dos Pirineus Orientais, na Espanha. Noutra versão, seria um ermitão de nome Juan de Atares.Ainda, seguindo a rota sugerida nas obras literárias medievais, principalmente em Parzifal (Wolfram von Eschenbach), o cálice teria sido ocultado no monastério de San Juan de La Penha, na cadeia montanhosa dos Pirineus. Neste ponto há uma conexão real entre a obra de Eschenbach e o relato histórico do monge São Lourenço que conduziu o cálice até os Pirineus.Ainda tomando por base a obra Parzifal, porém, havendo neste ponto um "vácuo histórico", o Santo Graal passa por Zaragoza e surge, desta vez, na Catedral de Valência, na qual há uma pequena capela, construída no século XIV, conhecida como Capela do Santo Cálice. Neste local, aos olhos dos visitantes mas protegido por um sacrário à prova de balas, encontra-se um cálice ostentado há mais de seiscentos anos como o legítimo Santo Graal.As evidências científicas atestam que esta relíquia foi produzida entre a segunda metade do primeiro século antes de Cristo e a primeira metade do primeiro século da era Cristã. Ainda, esta peça foi produzida em ágata roxa na região de Alexandria ou Antioquia; mas, posterior-mente, já na Espanha, no século XIII, recebeu adornos de ouro e de pedras preciosas como esmeraldas e rubis, tendo o conjunto uma altura de aproximadamente 17 centímetros.Portanto, é cientificamente comprovado que o Cálice da Catedral de Valência foi produzido no período e região correspondente à versão cristã do Santo Graal. Mas a Igreja não o aceita como uma relíquia religiosa e também não é possível atestar que seja este o cálice que comportou o sangue de Cristo.

Entre tantos aspectos simbólicos atribuídos ao Graal, muitos nasceram na interpretação dos artistas que, ao longo dos séculos, recondicionaram a lenda de diversas formas, principalmente na literatura medieval.Por volta do ano 1190, o romance de Chrétien de Troyes intitulado Le Conte du Graal, narra a busca pelo cálice. Trata-se de um poema inacabado contendo nove mil versos que abordam a busca pelo Santo Graal. Interessante é que o lendário Rei Arthur não participa diretamente da epopéia, que finaliza sem que o objeto almejado seja encontrado. Esta obra foi o ponto de partida para as obras futuras abordando o tema.Entre 1200 e 1210, o francês Robert de Boron, publicou Roman de L'Estoire du Graal; o que popularizou ainda mais o tema e inseriu os elementos históricos não muito diferentes dos que são conhecidos atualmente. Outra obra de Boron, Joseph d'Arimathie, traça conexões simbólicas interessantes ao citar que José de Arimatéia foi ferido na coxa por uma lança.

Em outra versão, o ferimento é nos órgãos genitais. Percebe-se, portanto, uma associação entre a lança, arma utilizada pelos soldados romanos, e a espada, principal arma e uma das maiores referências das lendas arthurianas (como a mítica Excalibur). Assim, o ferimento nos genitais sofrido por José em virtude de sua quebra do voto de castidade, associa-se à traição de Lancelot, um dos componentes da Távola Redonda e homem de confiança de Arthur, que tornou-se amante de Guinevere, esposa do Rei.Nesta mesma época, a obra Parzifal do autor alemão Wolfram von Eschenbach associa o Graal a uma esmeralda também chamada Exillis, Lapis exillis ou Lapis ex coelis (pedra caída do céu). Esta esmeralda seria parte do terceiro olho de Lúcifer, que se partiu quando o anjo se rebelou contra o Reino Divino. Uma das partes desta esmeralda teria sido entregue aos templários para que ficasse protegida de intenções malignas. Deste modo, pode-se entender também que a esmeralda (que neste caso é o Santo Graal) faz alusão à mítica Pedra Filosofal dos alquimistas.Já na obra Le Grand Graal, continuação de autoria anônima da epopéia de Robert de Boron, o Graal é um livro escrito por Jesus, que apenas aqueles que estivessem "imersos na Graça Divina" poderiam lê-lo e compreendê-lo.

O livro The Holy Grail, Its Legends and Symbolism, de Edward Waite, reúne vários elementos utilizados nas lendas medievais sobre o Graal. Joseph Goering, professor de história da Universidade de Toronto e autor de The Virgin and the Grail (A Virgem e o Graal), acredita que as pinturas datadas do século XII encontradas em oito igrejas nos Pirineus, entre a França e a Espanha, ilustram a Virgem Maria segurando um recipiente luminoso conhecido pelo nome de graal no dialeto local.

O americano Dan Brown, autor de O Código Da Vinci, também cita amplamente o Graal em sua obra e conecta a vida de Jesus Cristo, Maria Madalena, Leonardo Da Vinci e outras referências históricas sob uma perspectiva fictícia.Ainda, seja sob a ótica cristã ou pagã, muitos dos aspectos do Graal estão relacionados com a busca da perfeição. Por exemplo, quando Arthur e os cavaleiros partem em busca do Cálice Sagrado que poderia evitar a queda de seu reinado, estão buscando virtudes como nobreza e justiça. Arthur e a Távola Redonda podem ser, respectivamente, associados a Jesus e seus apóstolos. Judas Iscariotes é o seguidor que traiu seu líder (Jesus Cristo) assim como Lancelot traiu Arthur ao se envolver com Guinevere. A lança que fere Cristo pode ser interpretada como o elemento masculino; o cálice como o útero feminino. Portanto, há o simbolismo do sangue nobre (de Jesus Cristo) fecundando o "útero mágico" representado pelo Graal.No entanto, o Santo Graal pode ser uma metáfora que refere-se à própria Maria Madalena que, sendo ela esposa de Cristo (em interpretações, obviamente, não aceitas pela Igreja), seria portadora da linhagem sagrada do Filho de Deus.Através de uma análise histórica, o Graal pode ser compreendido como a motivação que os cruzados encontraram após a decepção das mal sucedidas batalhas na Terra Santa. Neste caso, o Graal representa um novo ideal de vida aos que foram derrotados pelos "infiéis".Sob um ponto de vista mais amplo, o Santo Graal, Rei Arthur e a lendária Excalibur são arquétipos distintos que traçam um mesmo conceito: o Rei (líder) virtuoso que, por seus méritos, conquista uma poderosa espada e torna-se invencível, partindo em busca de um objeto mágico capaz de restabelecer a ordem, a paz e a prosperidade em seu reino.

De qualquer forma, na condição de uma relíquia histórica da cristandade ocidental, não é possível avaliar o Santo Graal encontrado atualmente em Valência ou o Santo Graal metafórico do imaginário medieval; pois ambos têm valores distintos e igualmente incalculáveis. O Santo Graal é uma referência secular de valores humanos perdidos que, simbolicamente, serão resgatados por um profeta, um valente guerreiro, um líder de uma nação ou simplesmente por quem se revelar digno de portá-lo.





fonte: Postado por Medieval Legends
http://medievallegends.blogspot.com/

publicado por luzdecuraeamor às 20:53
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Segunda-feira, 21 de Dezembro de 2009

A Vida Desconhecida de Jesus

Muitos guerrearam em seu nome. Milhões devotaram suas vidas a ele. Mas o quanto sabemos sobre Jesus na verdade? O Evangelho nos fala sobre seu nascimento, seus ensinamentos e os anos logo antes de sua morte.
publicado por luzdecuraeamor às 21:07
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Sábado, 5 de Dezembro de 2009

EU VOLTEI À TERRA, EU ESTOU EM VOSSOS CORAÇÕES.

"Eu voltei à Terra, Eu estou em vossos corações.Vós sabeis, mas os humanos comuns não o sabem e aguardam minha vinda em um corpo físico.Quando puderdes, explicai-lhes.Eu não tornarei a vir, pq Eu tenho vindo.Natal é um grande dia para os humanos:eles Me abençoam e Me representam como uma criancinha em um presépio. Deixai-lhes esse prazer, mas de preferência pensai q Eu torno a nascer em uma rosa, isto Me agrada muito mais. Deixai-os organizar festas e iluminar pinheiros..Deixai-os dar presentes uns aos outros, é bonito,e tudo isso produz muito amor e luz, e nós nos servimos dessa Luz. Mas explicai-lhes q Eu estou em cada um . Eu Sou o Amor q vive bem no fundo d seu coração Eu Sou a Paz q está bem no fundo de sua alma. Eu Sou sua Presença. Eu Sou sua Luz.Eu Sou sua Bondade e sua caridade.Q eles não mais me esperem.Eu tenho vindo. Então, qdo se tornarem conscientes de minha Presença e agirem como Eu agiria, a Paz reinará sobre a Terra. "

Jesus

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publicado por luzdecuraeamor às 22:59
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Princípios do Reiki: Hoje eu abandono a raiva----- Hoje eu abandono as minhas preocupações------ Hoje eu conto com todas as minhas bênçãos------ Hoje eu honro os meus pais, o meu próximo, os meus mestres e os meus alimentos------ Hoje eu ganho a minha vida honestamente------ Hoje eu sou gentil com todas as criaturas vivas------

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