Em geral referimo-nos a Urântia como sendo o 606 de Satânia, em Norlatiadeque de Nebadon, significando o seiscentésimo sexto mundo habitado do sistema local de Satânia, situado na constelação de Norlatiadeque, uma das cem constelações do universo local de Nebadon. As constelações são a primeira divisão de um universo local; os seus governantes fazem a ligação dos sistemas locais de mundos habitados com a administração central do universo local em Salvington, e, por refletividade, com a superadministração dos Anciães dos Dias em Uversa.
O governo da vossa constelação está situado em um agrupamento de 771 esferas arquitetônicas, das quais Edêntia é a mais central e a maior de todas, sendo a sede da administração dos Pais da Constelação, os Altíssimos de Norlatiadeque. A própria Edêntia é aproximadamente cem vezes maior do que o vosso mundo. As setenta maiores esferas que rodeiam Edêntia têm cerca de dez vezes o tamanho de Urântia, enquanto os dez satélites girando ao redor de cada um desses setenta mundos são aproximadamente do tamanho de Urântia. Essas 771 esferas arquitetônicas são equiparáveis em tamanho às de outras constelações.
As unidades de tempo e de medida da distância, em Edêntia, são as mesmas de Salvington e, por que são as esferas das capitais do universo, os mundos-sede centrais da constelação estão plenamente supridos de todas as ordens de inteligências celestes. Em geral, essas personalidades não são muito diferentes das descritas em conexão com a administração do universo.
Os serafins supervisores, a terceira ordem de anjos do universo local, são designados para o serviço das constelações. Eles têm a sua sede central nas esferas capitais, e ministram extensivamente aos mundos de aperfeiçoamento moroncial que os rodeiam. Em Norlatiadeque, as setenta esferas maiores, junto com os setecentos satélites menores, são habitadas pelos univitátias, os cidadãos permanentes da constelação. Todos esses mundos arquitetônicos são totalmente administrados pelos vários grupos de vida nativa, em sua maioria não revelados, mas que incluem os eficientes espirongas e os formosos espornágias. Sendo o ponto médio do regime de aperfeiçoamento moroncial, como vós poderíeis supor, a vida moroncial das constelações é tanto típica, quanto ideal.
Os fascinantes platôs elevados, nas montanhas, são abundantes em Edêntia, com extensas elevações de matéria física coroada pela vida moroncial e coberta de glória espiritual, mas não há cadeias de montanhas escarpadas como as que aparecem em Urântia. Há dezenas de milhares de lagos resplandecentes e milhares e milhares de arroios que se intercomunicam, mas não há grandes oceanos, nem rios torrenciais. Apenas os planaltos são desprovidos dessas correntes superficiais.
A água em Edêntia, e em esferas arquitetônicas semelhantes, não é diferente da água dos planetas evolucionários. Os sistemas de água, nessas esferas, são tanto superficiais quanto subterrâneos, e a umidade está em constante circulação. Edêntia pode ser circunavegada por meio de várias rotas fluviais, embora o sistema principal de transporte seja atmosférico. Os seres espirituais viajam naturalmente sobre a superfície da esfera, enquanto os seres moronciais e os materiais fazem uso de meios materiais e semimateriais para atravessarem a atmosfera.
Edêntia e os seus mundos agregados têm uma atmosfera verdadeira, uma mistura usual de três gases que é característica dessas criações arquitetônicas, e que incorpora os dois elementos da atmosfera urantiana, mais aquele gás moroncial adequado à respiração das criaturas moronciais. Todavia, ao mesmo tempo em que essa atmosfera é tanto material quanto moroncial, não há nela nem tempestades nem furacões, não há verão, nem inverno. Essa ausência de perturbações atmosféricas e de variações nas estações torna possível embelezar todos os ambientes externos nesses mundos especialmente criados.
Os planaltos de Edêntia têm características físicas magníficas, e a sua beleza é realçada pela profusão sem fim da vida que abunda em toda a sua extensão e largura. Exceto por umas poucas estruturas bastante isoladas, esses planaltos não contêm nenhuma obra feita pelas mãos de criaturas. A ornamentação material e moroncial limita-se às áreas habitadas. As elevações menos altas são os locais das residências especiais e são maravilhosamente ornadas com obras de arte biológicas e moronciais.
Situadas nos cumes da sétima cadeia de planaltos, estão as salas de ressurreição de Edêntia, onde acordam os mortais ascendentes da ordem secundária modificada de ascensão. Essas câmaras de reconstituição de criaturas encontram-se sob a supervisão dos Melquisedeques.
A primeira das esferas de recepção de Edêntia (como o planeta Melquisedeque, próximo de Salvington) também tem salas especiais de ressurreição, onde os mortais das ordens modificadas de ascensão são reconstituídos.
Os Melquisedeques também mantêm duas Faculdades especiais em Edêntia.
Uma, a escola de emergência, devota-se ao estudo dos problemas surgidos com a rebelião de Satânia. A outra, a escola de auto-outorga, é dedicada ao conhecimento dos novos problemas que surgem do fato de Michael ter feito a sua auto-outorga final em um dos mundos de Norlatiadeque. Essa última faculdade estabeleceu-se há quase quarenta mil anos, imediatamente depois do anúncio feito por Michael de que Urântia tinha sido escolhida como o mundo da sua auto-outorga final.
O mar de cristal, a área de recepção de Edêntia, está próximo do centro administrativo e é circundado pelo anfiteatro da sede central. Em torno dessa área estão os centros de governo das setenta divisões dos assuntos da constelação. A metade de Edêntia está dividida em setenta seções triangulares, cujos limites convergem para os edifícios da sede central dos seus respectivos setores. O restante dessa esfera é um grande parque natural, os jardins de Deus.
Durante as vossas visitas periódicas a Edêntia, embora todo o planeta esteja aberto à vossa observação, a maior parte do vosso tempo será gasta naquele triângulo administrativo cujo número corresponde ao do vosso mundo residencial atual. Como observadores, vós sereis sempre bem-vindos às assembléias legislativas.
A área moroncial designada aos mortais ascendentes residentes em Edêntia está localizada na zona média do trigésimo quinto triângulo adjacente à sede central dos finalitores, situada no trigésimo sexto triângulo. A sede central geral dos univitátias ocupa uma área enorme na região central do trigésimo quarto triângulo, imediatamente adjacente à reserva residencial dos cidadãos moronciais. Desses arranjos, pode-se perceber que foi preparada a acomodação de, pelo menos, setenta divisões maiores de vida celeste e, também, que cada uma dessas setenta áreas triangulares está correlacionada a uma das setenta esferas maiores de aperfeiçoamento moroncial.
O mar de cristal de Edêntia é um enorme cristal circular, de cerca de cento e sessenta quilômetros de circunferência e com cerca de cinqüenta quilômetros de profundidade. Esse cristal magnífico serve como campo de recepção para todos os serafins de transporte e para os outros seres que chegam de pontos de fora da esfera; esse mar de cristal facilita grandemente a aterrissagem dos serafins de transporte.
Um campo de cristal dessa ordem pode ser encontrado em quase todos os mundos arquitetônicos; e serve a muitos propósitos, afora o seu valor decorativo, sendo utilizado para ilustrar a refletividade do superuniverso aos grupos reunidos ali, e como um fator na técnica da transformação de energia, para modificar as correntes do espaço e adaptar as outras correntes de energias físicas que chegam.
As constelações são as unidades autônomas de um universo local; cada constelação é administrada de acordo com os seus próprios atos legislativos. Quando as cortes de Nebadon se reúnem para o julgamento dos assuntos do universo, todas as questões internas são julgadas de acordo com as leis que prevalecem na constelação envolvida. Esses atos judiciais de Salvington, junto com os atos legislativos das constelações, são executados pelos administradores dos sistemas locais.
As constelações, assim, funcionam como unidades legislativas ou elaboradoras de leis, enquanto os sistemas locais servem como unidades de execução ou de imposição dessas leis. O governo de Salvington é a autoridade judicial suprema e coordenadora.
Embora a função judicial suprema recaia sobre a administração central de um universo local, há dois tribunais, subsidiários, porém maiores, nas sedes centrais de cada constelação, o conselho Melquisedeque e a corte dos Altíssimos.
Todos os problemas judiciais são primeiramente revistos pelo conselho Melquisedeque. Doze dessa ordem de seres, que têm passado por certas experiências de pré-requisito nos planetas evolucionários e nos mundos-sede centrais dos sistemas, possuem o poder de rever as evidências, de assimilar a defesa e de formular veredictos provisórios, os quais são passados à corte do Altíssimo, o Pai reinante da Constelação. A divisão mortal deste último tribunal consiste de sete juízes, todos os quais são mortais ascendentes. Quanto mais alto vós ascendeis no universo, tanto mais certo será que ireis ser julgados por aqueles da vossa própria espécie.
O corpo legislativo da constelação está dividido em três grupos. O programa legislativo de uma constelação origina-se na casa mais baixa dos seres ascendentes, um grupo presidido por um finalitor e consistindo de mil representantes mortais. Cada sistema indica dez membros para essa assembléia deliberativa. Em Edêntia, atualmente, esse corpo não está preenchido por inteiro.
A câmara média de legisladores é composta das hostes seráficas e dos seus colaboradores, outros filhos do Espírito Materno do universo local. Esse grupo consta de cem membros e é indicado pelas personalidades supervisoras, as quais presidem às várias atividades desses seres na medida em que eles funcionam dentro da constelação.
O corpo consultivo, ou o mais elevado corpo de legisladores da constelação, consiste da câmara dos pares – a casa dos Filhos divinos. Esse corpo é escolhido pelos Pais Altíssimos, em número de dez. Apenas os Filhos de experiência especial podem servir nessa elevada câmara. Esse grupo ocupa-se em determinar os fatos e em poupar tempo e, muito eficazmente, serve a ambas as divisões menos elevadas da assembléia legislativa.
O conselho combinado dos legisladores consiste de três membros de cada um desses ramos separados, da assembléia deliberativa da constelação; e a ele preside o Altíssimo júnior reinante. Esse grupo sanciona a forma final de todas as leis e autoriza a sua promulgação por intermédio dos difusores. A aprovação dessa comissão suprema faz dos atos legislativos a lei do reino; os seus atos são finais. Os pronunciamentos legislativos de Edêntia constituem a lei fundamental de Norlatiadeque.
Os governantes das constelações são da ordem Vorondadeque de filiação do universo local. Quando encarregados, no dever ativo do universo, como governantes das constelações, ou de qualquer outro modo, esses Filhos são conhecidos como os Altíssimos, pois incorporam a sabedoria administrativa mais elevada, acompanhada de uma lealdade de grande clarividência e da maior inteligência, de todas as ordens dos Filhos de Deus, do Universo Local. A integridade pessoal deles e a lealdade do seu grupo nunca foram questionadas; nenhuma deslealdade dos Filhos Vorondadeques jamais ocorreu em Nebadon.
Pelo menos três Filhos Vorondadeques encontram-se incumbidos, por Gabriel, de funcionarem como os Altíssimos de cada uma das constelações de Nebadon.
O membro que preside a esse trio é conhecido como o Pai da Constelação, e os seus dois colaboradores como o Altíssimo sênior e o Altíssimo júnior. Um Pai da Constelação reina por dez mil anos-padrão (cerca de 50 000 dos anos de Urântia), tendo servido previamente como colaborador júnior e como colaborador sênior por períodos iguais.
O salmista sabia que Edêntia era governada por três Pais da Constelação e deste modo falou da sua morada, no plural: “Há um rio cujas correntes alegrarão a cidade de Deus, o lugar mais sagrado dos tabernáculos dos Altíssimos”.
Através das idades, tem havido grande confusão, em Urântia, a respeito dos vários governantes do universo. Muitos dos educadores recentes confundiram as suas deidades tribais vagas e indefinidas com os Pais Altíssimos. E, ainda mais tarde, os hebreus fundiram todos esses governantes celestes em uma Deidade composta. Um educador compreendeu que os Altíssimos não eram os Governantes Supremos, pois disse: “Ele, que mora no lugar secreto do Altíssimo, viverá à sombra do Todo-Poderoso”. Nos registros de Urântia é muito difícil, às vezes, saber exatamente a quem se refere o termo “Altíssimo”. Daniel, porém, compreendeu plenamente essa questão. Disse ele: “O Altíssimo governa no reino dos homens e entrega-o a quem ele deseja”.
Os Pais da Constelação ocupam-se pouco com os indivíduos de um planeta habitado, mas estão intimamente associados às funções do fazer as leis e legislar nas constelações; o que, de um modo tão amplo, concerne a cada raça e grupo mortal nacional dos mundos habitados.
O mais sagrado monte de reuniões de Edêntia é o local de morada do representante da Trindade do Paraíso, o Fiel dos Dias que atua ali.
Esse Fiel dos Dias é um Filho da Trindade do Paraíso e tem estado presente em Edêntia, como o representante pessoal de Emanuel, desde a criação do mundo-sede central. Sempre o Fiel dos Dias permanece à mão direita dos Pais da Constelação, para aconselhá-los, mas nunca se manifesta, a menos que isso lhe seja solicitado. Os altos Filhos do Paraíso nunca participam da condução dos assuntos de um universo local, exceto a pedido dos governantes que atuam nesses domínios. Mas tudo o que um União dos Dias é para um Filho Criador, um Fiel dos Dias é, para os Altíssimos de uma constelação.
A residência do Fiel dos Dias de Edêntia é o centro, na constelação, do sistema de comunicação e de informação extra-universal do Paraíso. Esses Filhos da Trindade, com a sua assessoria de personalidades de Havona e do Paraíso, em conexão com o União dos Dias na supervisão, estão em comunicação direta e constante com as suas ordens, em todos os universos e mesmo em Havona e no Paraíso.
O monte mais sagrado é refinadamente belo e maravilhosamente instalado; e a residência, de fato, do Filho do Paraíso é modesta, se comparada com a morada central dos Altíssimos e as setenta estruturas que a rodeiam, e que compreendem as unidades residenciais dos Filhos Vorondadeques. Essas instalações são exclusivamente residenciais; elas são inteiramente separadas dos imensos edifícios das sedes centrais administrativas, onde os assuntos da constelação são tratados.
Em Edêntia, a residência do Fiel dos Dias está localizada ao norte dessas residências dos Altíssimos; e é conhecida como o “monte da Assembléia do Paraíso”. Nesse planalto consagrado, os mortais ascendentes reúnem-se periodicamente para escutar esse Filho do Paraíso contar a longa e fascinante viagem dos mortais em progresso, através do bilhão dos mundos perfeitos de Havona e até as indescritíveis delícias do Paraíso. E é nesses encontros especiais, no monte da Assembléia, que os mortais moronciais conhecem mais plenamente os vários grupos de personalidades que têm origem no universo central.
O traidor Lúcifer, certa vez soberano de Satânia, ao anunciar suas exigências, de ter uma jurisdição maior, buscava deslocar todas as ordens superiores de filiação no plano de governo do universo local. Ele, no seu coração, tinha lá os seus propósitos ao dizer: “Eu elevarei o meu trono acima dos Filhos de Deus; assentar-me-ei no monte da Assembléia no norte; eu serei como o Altíssimo”.
Os cem soberanos de Sistemas vêm, periodicamente, aos conclaves de Edêntia, que deliberam sobre o bem-estar da constelação. Após a rebelião de Satânia, os arqui-rebeldes de Jerusém pretendiam ir a esses conselhos de Edêntia, exatamente como o haviam feito em ocasiões anteriores. E não houve nenhum modo de parar com essa afronta arrogante, a não ser depois da auto-outorga de Michael, em Urântia, e depois de haver ele assumido, posteriormente, a soberania ilimitada em todo o Nebadon. Nunca mais, desde esse dia, foi permitido a esses instigadores do pecado sentar-se nos conselhos leais dos Soberanos de Sistemas em Edêntia.
Que os educadores dos tempos antigos sabiam dessas coisas, é mostrado nos registros:
“E houve um dia em que os Filhos de Deus vieram apresentar-se diante dos Altíssimos, e Satã veio também e apresentou-se entre deles”. E essa é uma declaração de fato, independentemente do contexto ao qual possa parecer estar ligada.
Desde o triunfo de Cristo, toda a Norlatiadeque está sendo purificada do pecado e dos rebeldes. Pouco antes da morte de Michael na carne, Satã, o parceiro caído de Lúcifer, tentou estar presente a esse conclave de Edêntia, mas a solidificação dos sentimentos contra os arqui-rebeldes havia atingido um ponto em que as portas da compaixão estavam quase tão universalmente fechadas que não deram nenhum chão aos inimigos de Satânia. Quando não há nenhuma porta aberta para a recepção do mal, não existe oportunidade para nutrir-se o pecado. As portas dos corações de toda a Edêntia fecharam-se contra Satã; ele foi rejeitado, por unanimidade, pelos Soberanos de Sistemas reunidos, e nessa época o Filho do Homem “contemplou Satã cair, como um relâmpago, dos céus”.
Desde a rebelião de Lúcifer, uma nova estrutura é mantida próxima à residência do Fiel dos Dias. Esse edifício temporário é a sede central da ligação com o Altíssimo, que funciona em contato íntimo com o Filho do Paraíso, como conselheiro do governo da constelação, para todas as questões que dizem respeito à política e à atitude da ordem dos Dias para com o pecado e a rebelião.
A rotação dos Altíssimos, em Edêntia, ficou suspensa na época da rebelião de Lúcifer. Temos, atualmente, os mesmos governantes que estavam no posto, naquele tempo. Inferimos que nenhuma mudança nesses governantes será feita, até que se decida finalmente sobre Lúcifer e os seus parceiros.
O governo atual da constelação, contudo, expandiu-se para incluir doze Filhos da ordem dos Vorondadeques. Esses doze são os seguintes:
E aqui não estamos levando em conta os inúmeros Vorondadeques, enviados das constelações de Nebadon, e os outros que são também residentes em Edêntia.
Desde a rebelião de Lúcifer, os Pais de Edêntia têm dedicado um cuidado especial a Urântia e aos outros mundos isolados de Satânia. Há muito, o profeta reconheceu a mão controladora dos Pais da Constelação nos assuntos das nações. “Quando o Altíssimo dividiu entre as nações a sua herança, quando separou os filhos de Adão, ele estabeleceu os limites dos povos. ”
Cada mundo isolado, ou em quarentena, tem um Filho Vorondadeque atuando como observador. Ele não participa da administração planetária, excetuando-se quando o Pai da Constelação ordena que ele intervenha nos assuntos das nações. Na realidade, é esse observador Altíssimo que “governa nos reinos dos homens”. Urântia é um dos mundos isolados de Norlatiadeque, e um observador Vorondadeque tem permanecido estacionado neste planeta, desde a traição de Caligástia. Quando Maquiventa Melquisedeque ministrou, sob uma forma semimaterial, em Urântia, ele prestou honra respeitosa ao observador Altíssimo, então em missão, como está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salém, foi o sacerdote do Altíssimo”. Melquisedeque revelou as relações de Abraão com esse observador Altíssimo, quando ele disse: “E abençoado seja o Altíssimo, que entregou os vossos inimigos nas vossas mãos”.
As capitais dos sistemas são particularmente embelezadas com construções materiais e minerais, ao passo que a sede central do universo reflete mais a glória espiritual, mas as capitais das constelações são o ponto alto das atividades moronciais e dos embelezamentos vivos. Nos mundos-sedes das constelações, a beleza viva é utilizada de um modo mais geral, e é essa preponderância da vida – a arte botânica – que leva esses mundos a serem chamados de “os jardins de Deus”.
Cerca da metade de Edêntia dedica-se aos refinados jardins dos Altíssimos, e tais jardins estão entre as mais encantadoras das criações moronciais do universo local. Isso explica por que os locais extraordinariamente belos, nos mundos habitados de Norlatiadeque, são tão freqüentemente chamados de “o jardim do Éden”.
Centralmente localizado, nesse magnífico jardim, está o templo de adoração dos Altíssimos. O salmista deve ter sabido de algo, sobre essas coisas, pois escreveu: “Quem irá ascender às colinas dos Altíssimos? Quem se manterá nesse lugar sagrado? Ele, que tem as mãos limpas e um coração puro, que não levou a sua alma à vaidade, nem jurou enganosamente”. Nesse templo, os Altíssimos, a cada décimo dia de relaxamento, conduzem toda a Edêntia à contemplação adoradora de Deus, o Supremo.
Os mundos arquitetônicos desfrutam de dez formas de vida, da ordem material. Em Urântia, há a vida vegetal e há a vida animal, mas, em um mundo como Edêntia, há dez divisões de ordens materiais de vida. Pudésseis vós ver essas dez divisões da vida em Edêntia, e iríeis rapidamente classificar as primeiras três como vegetais e as últimas três como animais, mas seríeis totalmente incapazes de compreender a natureza dos quatro grupos intermediários de formas de vida, de tão prolíficas e fascinantes.
Mesmo a vida distinguivelmente animal é muito diferente da dos mundos evolucionários; e tão diferente que é completamente impossível retratar, para as mentes mortais, o caráter singular e a natureza afetuosa dessas criaturas que não falam. Há milhares e milhares de criaturas vivas, que a vossa imaginação certamente não poderia conceber. Toda a criação animal é de uma ordem inteiramente diferente das espécies animais grosseiras dos planetas evolucionários. Contudo, toda essa vida animal é bastante inteligente e deliciosamente prestativa, e todas as várias espécies são surpreendentemente gentis e de um companheirismo tocante. Não há criaturas carnívoras nesses mundos arquitetônicos; nada há, em toda a Edêntia, que faça qualquer ser vivo ter medo.
A vida vegetal é também muito diferente daquela de Urântia, pois consiste tanto das variedades materiais como das moronciais. As de desenvolvimento material têm uma coloração verde característica, mas os equivalentes moronciais da vida vegetal têm um matiz violáceo ou de orquídea, de nuances e reflexos variáveis. Essa vegetação moroncial é um desenvolvimento integralmente energético; quando ingerida, não há nenhuma porção residual.
Sendo dotados com dez divisões de vida física, para não mencionar as variações moronciais, esses mundos arquitetônicos fornecem possibilidades imensas para a decoração biológica da paisagem e das estruturas materiais e moronciais. Os artesãos celestes dirigem os espornágias nativos nesse amplo trabalho de decoração botânica e de embelezamento biológico. Os vossos artistas devem recorrer à pintura inerte e ao mármore sem vida para retratar os seus conceitos, os artesãos celestes e os univitátias, porém, mais freqüentemente utilizam os materiais vivos para representar as suas idéias e para captar os seus ideais.
Se apreciais as flores, os arbustos e as árvores de Urântia, então ireis ter uma festa para os vossos olhos, com a beleza botânica e a grandeza floral dos jardins supernos de Edêntia. Mas está além dos meus poderes de descrição tentar transmitir à mente mortal um conceito adequado dessas belezas dos mundos celestes. Verdadeiramente, a vista não viu essas glórias que aguardam a vossa chegada nesses mundos da aventura de ascensão mortal.
. DOCUMENTO 43 - AS CONSTEL...
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