Sexta-feira, 5 de Março de 2010

O GRAAL...MITO CELTA!!!!

De todos os mitos celtas, o Mito do Graal é o mais fecundo em quanto suas proporções, suas variantes e suas interpretações.

Em sua origem,o Graal e a lenda que o rodeia procede de um tema celta de "vingança por sangue". Não obstante, pretender que a Busca do Graal

é só uma narração de vingança, há autores que atribuem essa "busca" há uma espécie de iniciação à realeza e à soberania. Já outros, a vêem na
regeneração do País do Graal por um Cavaleiro eleito, como uma espécie
de ritual de fecundidade. Enquanto que Jessie Weston, em uma série de
obras discutíveis, mas apaixonantes, emitiu a hipótese de que os
elementos do Cortejo do Graal tinham todos um valor simbólico e ritual,
e que, a lança que sangra representa o princípio masculino, o Graal, ou
seja, a taça, representa o princípio feminino. Seria pois, a união dos
princípios que devolveria ao País do Graal, devastado e estéril, sua
riqueza e fertilidade de antigamente.

O simbolismo sexual do Graal é indiscutível: é uma taça e, como tal, é a imagem do seio que despensa alimento. Por analogia, é um continente,

e seu conteúdo, na versão cristianizada, é o sangue de Jesus. Por isso, é fácil deduzir que o Graal, mais do que a imagem do seio, representa o

útero da Deusa Mãe, que dá vida a todas as criaturas do Mundo, a condição de ser fecundada. Sabemos que o País do Graal é estéril, está

devastado e que esperam o cavaleiro eleito que deve devolver a fertilidade perdida. Como o Rei Pescador tem um ferimento que afetou suas

partes viris, portanto, a taça do Graal como "útero materno", só poderá ser fecundado por um homem eleito. Por analogia, Jesus seria esse eleito,
mas qual foi o útero que Ele fecundou?

Portanto, "O Código da Vinci" de autoria de Dan Brown, não é um "insulto à inteligência", como muitas pessoas já se referiram à obra, mas sim,

mais uma das muitas interpretações cabíveis no que se refere a "taça do Graal".

O Graal é pois, incontentavelmente um símbolo "Feminino" e a "Busca" que o cavaleiro empreende para encontrar o Graal, é uma busca de feminilidade.

Um estudo de várias versões de sua lenda, nos permitirá constituir um dossiê a favor dessa opinião.

 

GRAAL CABEÇA

Uma das narrações mais antigas do País de Gales, que representa a tradição britânica antes da separação dos bretões, nos apresenta uma história da
Cabeça Cortada que é bem conhecida, é a história de Bran o Bendito,
personagem mitológico considerado como um dos numerosos aspectos do Rei
Pescador.

"A expedição a Irlanda organizada por Bran e os bretões, a fim de vingar afronta a sua irmã Branwen e recuperar o caldeirão mágico que
ressuscita os mortos, acaba em um desastre. Bran, ferido no pé por uma
lança envenenada, pede aos sete sobreviventes bretões que cortem sua
cabeça e a levem consigo. Assim o fazem. Os sete sobreviventes em
companhia de Branwen, atracam em Hardlech e se instalam aí. Começaram a
prover-se de alimentos e bebidas em abundância e se puseram a comer e
beber. Três pássaros passaram a cantar um canto que deixava sem valor
tudo que tinham ouvido antes. Essa cena durou sete anos e depois
partiram até Gwales, em Penvro. Ali se instalaram em uma grande sala
com a cabeça de Bran exposta. Pelos muitos sofrimentos que houvessem
visto, por muitos que houvessem padecido pessoalmente, não recordavam
nada, nem nenhuma outra pena do mundo. Passaram oitenta anos de tal
forma que não recordavam um tempo melhor, nem mais agradável em toda
sua vida. Não estavam cansados; ninguém deles notava que o outro
houvesse envelhecido em todo o tempo desde que chegaram. A companhia da
cabeça não resultava mais penosa que quando Bendigeit Vran estava vivo.
Depois desses oitenta anos, abrem uma porta, em seguida recuperam a
memória, e também o cansaço e o sofrimento, e vão cumprir o último
desejo de Bran: enterraram sua cabeça na Colina Branca, em Londres."
(Joseph Loth, Mabinogion, I, pp. 142-149)

Essa história tem muitas analogias com o Cortejo do Graal. Para começar, aparece o caldeirão que ressuscita os mortos. Não conseguindo
recuperá-lo, Bran entrega sua cabeça a seus companheiros, como uma
espécie de substituto do caldeirão. Bran é ferido no pé por uma lança
envenenada e como o Rei Pescador, se converte em impotente para
governar, pois é um Rei Ferido. Enquanto a vingança, é clara: a
expedição se havia organizado para vingar a afronta sofrida por
Branwen. Quando os sobreviventes, em companhia de Branwen, expõe a
cabeça no local onde se encontram, perdem a noção do tempo, não
envelhecem.

A cabeça desempenha a mesma função do Graal: procura alimento e bebida e impede de envelhecer. Assim alcançam um paraíso comparável a Terra das Fadas,
tantas vezes descritas na literatura irlandesa, onde não existe a
morte, o sofrimento, nem a enfermidade.

A cabeça, em resumo, lhes restitui o paraíso que haviam perdido ao nascer, o que demonstra claramente uma função materna, feminina, e dita
função se vê reforçada pela presença dos pássaros de Rhianonn, e também
com a presença de Branwen, cujo nome significa "Seio Branco", e que
muito bem poderia ser a portadora da cabeça e portanto, a portadora do
Graal.

A narração é um dos aspectos do arquétipo primal do Graal. Os autores da Idade Média tinham conhecimento dessa lenda da cabeça cortada de Bran,
pois a encontramos em obras que se referem aos cavaleiros do rei Arthur
e a Busca do Graal.

O GRAAL CRISTÃO

No período cristão, a cabeça cortada, os caldeirões e as pedras filosofais se transformam no cálice ou prato que Jesus Cristo utilizou na última
ceia para instituir o sacramento da eucaristia. Embora as aplicações
anteriores não se percam completamente, agora estamos diante de um
posicionamento paternalista, que irá sepultar todas as qualidades
femininas do Graal e sua associação com a Deusa, ou seja, sua atenção
passará do terreno material para o espiritual.

O Graal passa para as mãos masculinas de José de Arimatéia, não é mais carregado por sua portadora original. Arimatéia é um homem rico que se
encarregou do corpo de Jesus depois da crucificação e encarregado de o
sepultar. Num cálice recolheu algumas gotas do sangue sagrado.

Como o Santo Graal, possui propriedades milagrosas e confere a seus proprietários um vínculo especial com Deus. Foi construída uma mesa
para depositá-lo, em memória da mesa da última ceia. Os parentes e
amigos de José de Arimatéia o transportaram à Britânia, aos vales de
Avalon, que poderiam estar localizados em pleno coração de Sommerset, a
futura localidade de Glastonbury.

A lenda assim, está claramente entroncada com as origens da abadia de Glastonbury, embora suas fontes e inter-relações permaneçam obscuras.
Passou depois a diversos protetores do Graal, descendentes de José de
Arimatéia, que viveu em um misterioso castelo chamado Corbenic. O
Graal, embora oculto, conferiu à Britânia um lugar privilegiado na
cristandade, e serviria de veículo de uma visão especial ou revelação à
qual teria acesso o buscador que a merecesse.

Nos primeiros tempos do rei Arthur, o encarregado da custódia do Graal era Pelles, que em dado momento decide que chegou a hora para nascer um
novo merecedor do Graal. Deveria ser um cavaleiro perfeito da estirpe
de José, ou como o próprio Pelles.

Pelles tinha uma filha, Elaine e quando Lancelot chega a Corbenic, é o próprio Pelles, que entorpecendo-o com uma poção mágica, o faz acreditar que
tem um encontro amoroso com Guinevere e não com sua filha. Assim,
Elaine concebe um filho, que se chamará Galaad e será o cavaleiro mais
perfeito que possa-se imaginar. É ele que ocupará o Assento Perigoso na
Távola Redonda.

O Graal tinha passado da Britânia a um país distante, Sarras. Galaad, se dirige para lá, acompanhado por Percival e de Bors, um primo de Lancelot. É em
Sarras onde alcança a visão suprema...e morre. Nenhum dos outros
conseguiu. O final da procura está repleto de dor e, quando se alivia a
dor porque já passou tudo, Camelot já não voltará a ser o que foi.


( Fonte: internet)

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publicado por luzdecuraeamor às 22:18
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